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2007-12-28

Infinito

por sannt Drhákôlláh monsalbant rommãnesk

Criei-me horas intermináveis mergulhado no infinito, sem pereceber...

Desabrochava minha alma, à Luz rarefeita também debulhada sobre meu corpo tão são à minha devoção à eternidade.

Saía-me cheio, cheia duma vida de alegria e espontaneidade e minha desenvoltura maior, era ludibriar os anbientes insandecidos dum infortúnio interminável...

Minha alma... que aguerrida menina desabrochava-se nos colóquios silenciosos com a vida!

Jamais, em toda minha dor, esqueci-me do amor. O Infinito instruiu-me assim.

Venho saborear ainda, todos os dias, nas manhãs, daquela Luz quieta que me brilha alvamente nos olhos; e ainda nas tardes, o sol, pousando no meu quarto, me atém ao espírito na mesmice sacra de orar pelo "gosto" do presente e esperar nas noites, o manto celeste descer, "pessoalmente", no meu fechar de olhos.

Sou sagrada, sagrado para Deus... e para mim, faço-me tudo ser segundos, infinita filha celeste.


sannt Drhákôlláh monsalbant rommãnesk.

O Céu

por sannt Drhákôlláh monsalbant rommãnesk

Nas tramas de minhas palavras, um percurso constante se abre no perene dialogar entre mim e o verbo. O céu em seu anil interminável pronuncia-se ventando aos meus ouvidos. Uma magestade tal que, o anúncio dos sagrados apelos meus, combatem as terras, suas pueris nuances humanas.

É do céu contudo administrar-me a indulgência ante a missão a que me devotei e se do Tudo sou temente, da terra devo fremer o espírito ao mais augusto ser de mim.

É no céu a minha audição. Está no céu as minhas verdades e sei-me ser dele sua fidedigna alma terrena.

Há que tudo eu estar presente em matéria e alma; e sou audaz no governo vivo, os meus pés amantes de toda a sua criação.

Estou sem fim, no final de tudo o que me rege, mas não estou eterno no ermo das condutas humanas mas, acredito ser dele, sua perene solidão entanto, na minha, um amor indefinido, ao céu.


sannt Drhákôlláh monsalbant rommãnesk

2007-12-26

Prece de ano novo

por Ivone Boechat

Senhor,
resplandece o fulgor do
Ano Novo.
Expectativas, mistério, perguntas,
ansiedades,
fazem da festa um mundo
de curiosidades.
Há, por toda parte, calendários,
previsões orçamentárias, planos de vida,
mas só tu sabes, Senhor, o que há de vir.
Neste instante de novidades e de abraços,
nesta hora de promessas e possibilidades,
dá que eu sinta o Teu poder e a Tua paz,
abrindo clarões no escuro da incerteza.

Senhor,
que nem mesmo a iminência da morte,
da despedida,
quando a dúvida rondar minha morada,
possam abalar-me a fé.
Que eu tenha vigor, paciência, perseverança,
pra recriar nas lições do desencontro,
e que eu sinta vontade de seguir em frente,
sempre que as circunstâncias me detiverem.

Senhor,
transporta meu pensamento
para os enlevos da vida,
fazendo-me contemplar
as visões de um novo mundo.
Renova minhas forças,
unge meu caminho,
abençoa o desdobrar
da página de cada dia.
Neste Ano Novo, Senhor,
habilita-me
para ser digna de entender
as missões da Tua obra,
iluminando-me cada passo.
Nas dores, que eu O encontre,
nas orações.


Ivone Boechat

Bronze em Rosas

por Sannt Drhákôlláh monsalbant rommãnesk

Crucificaram a face da minha criança por ela tentar adestrar-se a entregar-se sempre, na sanidade cristalina. Mas quê!... como eu a amava mas, colocaram-na com coroas de rosas vermelhas e o que eu não sabia, é que aquele carmim iria descer de seus cabelos e escorregar por todo o seu rosto até molhar de doce rubi suas roupas, e manchar seu corpo. E o que não sabia, nem em pensamentos sofria e esperava, é que o céu, em toda a sua Luz e esplendor, me assitia. Imediatamente, coroada de rosas tão belas que derretiam constantemente, entreguei-me à Beleza. escutei doces murmúrios e coros ecoaram de meu coração e ouvidos. Christu baixou-me daquele altar que tornou-se sagrado e tornou-se, uma "confessa" capela diante de Deus. Chorei tal qual uma daquelas rosas e Christu enlaçou-me em suas mantas alvas. Disse-lhe: "Christu, és Tu o meu Prícncipe que me salva pelas rosas carmins que Te almejaram, fazei-me uma criança bendita e que tua Graça, toda plena, corrompa a insanidade a qual tentou me tentar pois que ela, tenta matar ainda de pouco, os carvalhos que tento eregir. Christu, sei-me de mim ser o Senhor e tenha em mim o segundo sol que Deus nunca desamparou. Sou da sombra e da luz; faço-me um anjo que jamais te enterrou."

A Lucidez hoje, é uma aureola de bronze envelhecido sobre a coroa das rosas de carmim ainda em meu cabelos.


Sannt Drhákôlláh monsalbant rommãnesk

O Ouro Anônimo do Homem

por Sannt Drhákôlláh Rommãnesk

Não era de mim estar em constante brindando com os brios do humano. Eu me ia daquelas regalias e sentava-me só na casa de minha alma. Mas, quanta alegria em olhar para ela e ver que uma paz, dum sucesso invulgar, tomava-me o corpo embebe a sempre ser fiel no coral sagrado que emanava das minhas solidões.

Feliz criava-me com Deus pois que todas as sombras e todas as Luminárias comigo saudavam em taças não de cristal, nem de ouro, mas duma blíssima prata celestina.

A fé não me deixava e o humano sempre me deixou e continuou, anos morosos me deixando. Soube misturar-me a eles mas eles, não souberam misturar-se a mim ou em mim.

Vou lendo na bíblia do meu espírito e na lenda de meu corpo e, tudo o que mostro, é um ser dileto e admirado do mundo que não prega as benesses do interior mas, que prega sempre uma busca pelo glorioso sofrimento que lhes traz, com Graças, maravilhosos louros das lágrimas.


Sannt Drhákôlláh Rommãnesk

2007-12-25

Anjo delirante (poema de sete faces)

por Roberto Weber de M. Milla

Quando nasci
Um anjo delirante
Esclamou alegre, sorridente
Roberto, por que não cantas?
O dom que tens é poesia

Vim do céu sou teu anjo
O que quero de ti é alegria
Canta roberto, canta
Êita, não tem hora nem tem dia

Minha noite ela fazia
Então canta roberto, canta
Um anjo louco e delirante

Amigo meu não era fantasia
Me disse – teu dom é poesia e então
O que estou esperando é o verso ritmado
Roberto, porque não cantas?


Roberto Weber de M. Milla
(artigoseliteratura.blogspot.com, acessem o meu blog!)

2007-12-24

Meu Relicário

por Sannt Drhakôlláh Monsalbant Rommãnesk

Adestrei tantos os sentidos meus a não me sucumbir pelos dissabores das ordens do humano que, faleci nos primeiros imperativos. Mas, à quem de meu sofrimento, em cama estendida minha face e corpo, a alma visitou os oceanos que o Homem jamais pensou existir. Quanta Misericórdia ver uma 'Atlanta', um mundo sem perfídias onde somente a luz das profundezas abissais repercutiam nos olhos meus... e o meu espírito, este, sorvia aquele iodo de cura, aquele lenitivo da dormência da tirania humana.

Voltei com a lembrança daqueles ÁrtiKos profundos e, após clausura sem fim, em noites a perder meus olhos profundos e tardes a desconcertar os mecanismos de minhas mãos e, ainda em manhãs, a desmaiar a fraqueza da alma, descobri que a 'Atlanta' habitava em mim.

Que alegria sem fim perdurar milenares hoje Nela, e que benesses caras e raras, Deus, em sua Justiça e Onipresença, fez a voz de meu espírito sussurrar: "Drhakôlláh, sê bem vindo, pois que tu, é teu próprio relicário."

Espalhei este relicário aos 4 ventos e, com a proteção das ventanias seculares, sei-me hoje, a avenida mais milagreira duma cidade.


Sannt Drhakôlláh Monsalbant Rommãnesk / http://rmns.wordpress.com

Carta a Leônius

por Sannt Drhakôllá Monsalbant Rommãnesk

Sabes tu, quando descansei asas minhas na fé de teus sentidos a mim, fui-me em imensidão abraçar o teu sol a brilhar em teu coração como um dos bronzes mais envelhecidos.

Sabes, nas minhas angústias de menino 'et' menina, tuas histórias me enalteciam a juventude dilacerante pela usurpação dos meus múltiplos seres mistificados pelos julgamentos do humano. Mas, Leônius, cá me estou ante a Deus e minha fé, não remota, muito antes secular em imponência, traz-me tu a volta das minhas preleções.

Tu sabes de mim, tanto quanto o suplício ao perder as asas etéreas que me velaram, que sou de ti, nada mais que um sacro rouxinol nas tardes pardacentas que um Homem não procura buscar e sou, um corvo... o espírito a subir, escadaria por escadaria, o Império a viver um dia, com o Chrístu Puro.


Sannt Drhakôllá Monsalbant Rommãnesk / http://rmns.wordpress.com www.lechatnoir.com.br

Cristal Às Lamas

por Sannt Drhakôlláh Rommãnesk

Derramei meu sangue ante os infortúnios que rasgaram minhas carnes. Pobre deles!... achando que me faziam falência, enalteceram-me meus brios em latência!...

Aprendi entanto que somente o Amor pode escravizá-los e "vampirizá-los" até, dia desses, eles sucumbirem na fornalha de suas próprias destruições.

Meu sangue hoje me vela calmo o corpo, e seu calor, derrama-se para tudo aquilo que o sol e a noite colhem; para todos aqueles que do mundo só herdaram o gosto pela luta e pela vitória, mesmo que esta seja, morar longe dos glamoures humanos.


Sannt Drhakôlláh Rommãnesk / http://rmns.wordpress.com http://medulaonline.wordpress.com

2007-12-21

Meu Filho

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Um menino novo, à quem das luzes, pairou na alma de mim. E não vi-me atormentado por tal fulgor juvenil. Os olhos feitos de pétalas… e as mãos de diamantes… e ainda, os pés em vultos de sol…

Este era o menino que o céu quedou na chama de minhas velas.

Imediato, sem tardar segundo algum, varejei mãos minhas nas flamas diante de mim. Queimou-me tanto aqueles pecados muitos, que minhas pecações se regeneraram.

O menino belo, hoje como um ‘garçon’, é a bendita sacristia do espírito de mim.

Vou com ele pela terra e o alço ao sublime, com asas minhas invisíveis.

É de mim o menino que envergo lágrimas na escuridão mas que curvo as honrarias do sol na sua aureola, não de santo, mas, de herói futuro nos seus pés solares, o destino meu ‘et’ dele, um Altar de Cavaleiros diante de Deus.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk
(texto poético dedicado unicamente ao meu filho, o excepcional e insubstituível amor de minha alma)
http://rmns.wordpress.com
http://medulaonline.wordpress.com

O Mundo Salvou-me São

por Drhákôlláh

Não vi do mundo o que quis mas, embelezei-me na pureza que ele somente mostra a uma inocência vítima, prestes a ser martirizada...

Mas do mundo não conheci as "bençãos" da paz dos "brios" da jóias. Não conheci a beleza temporária que falece um humano de ardilosa amargura. Entanto ele aproximou-se de mim... quebrou-se ante a minha face e os cacos do seu prisma cortaram-me a navalhar a face inteira... Vi o fogo "comer" os olhos meus. Senti a intolerância da infância. Violentaram o que sutenta um corpo em pé, a alma e a saúde... esta enlouqueceu-se.

Vi de mim alhures o que hoje sou, e torno-me para Deus um papiro sagrado, e entorno-me para os Homens o veneno dum amor jamais "kisto", numca desejado, apenas, umas Verdades do Sol e das Sombras.


Drhákôlláh

Criança Estonteante

por Drhákôlláh

Saí contornando meu vento interior e deparei-me com algo mirabolante...
Numa sombra, agaixada em meu coração, uma menina de alva pele e olhos da alma
em azul marinho como o cristal, vestida de branco, como um anjo propício à terra, e ainda, de 5 primaveras, escrevia uns pegaminhos de letras de bronze.
Olhou-me ela e disse-me em sua voz grave e baixa, pura: "...Drhákôlláh, sou eu tu.
Vem a mim e o sol e a sombra se confundirão e acalmarão-se num só abraço".
Fui-me em preces rogando ao Arcanjo que dia mais vezes eu a pudesse vislumbrá-la
nas minhas introspecções mas, naquele dia, que alegria ardente senti em constatar
que o mundo real éra-me gigantesco de felicidade interna quando deixava eu, o vento
do espírito meu, clamar ao mundo o meu verbo de aprendiz, e a vida, viver em devoto confabular, com as vozes do meu eu divino.


Drhákôlláh

A Alva Vida

por S. Drhakôlláh M. Rmnsk

Como uma sinfonia de austera acuidade, ouço a vida em seus mumúrios
ecoar em coração de mim, seus acelerados dizeres do bem e do mal.
Quanto progresso espera ela do humano que, entregues aos dias que fazem
ser pueris, ela os espera intacta na majestade abraçá-los a como clamar em seus
abraços, um Amor bendito que o humano constante procura.
Parece-me, em meio a tudo isto, sinto-me, um ser letárgico esperando não milagre
mas, que o Homem dia um, tenha a intrepidez de ser dela, um grande maestro de Luz.


S. Drhakôlláh M. Rmnsk

2007-12-20

A Justiça de Areghon

por Sannt Drhákôlláh

A Justiça, uma Imperatriz da cidade De Areghon, trazia em alma sua a profecia do fim do mundo.
Realmente, foi-se de notar-se em toda a sua guerra, o seu temporal debulhado em todas as terras que suas botas negras fizeram tremer.
Mas A Justiça aniquilou a riqueza que não se empresta pela melhoria dum país e foi-se então, para a morte visitá-la.
Que Arcanjo diria eu, é esta potência!
Hoje não existe mais A justiça e tão pouco seu nome na história foi prescrito, mas a lenda, para os reis que habitam solares imensos nada perto destas Terras, ou suas presenças, nem um pouco próxima dos mais estudiosos, firma-se pelo magnético Espaço e eu... a amo por tê-la visto tão somente em sonhos meus e por tê-la sabido dias seculares, a presciência de minhas dores.


Sannt Drhákôlláh

Asas em Terras

por Drhákôlláh

Posso estar no alto duma esacadaria de rei. Posso estar nas terras confabulando com sombras ilegais àqueles que se dizem sábios das leis dum espírito mas, minha trilha constante é estar habituado a fazer e cumprir os exemplos das oratórias nas asas do Arcanjo.
Não estou aqui a verbalizar mentiras nem tão pouco a ser pródigo em algo que não sou.
A "Demência" fez-me mirar as asas do Arcanjo e o gênio ensinou-me a proferir diálogos.
Hoje em dia sou em meu gênio, o sacro verbo dos meus pensamentos e o nobre silêncio de mim.
O Arcanjo entanto, é severo ao ditar-me que sou eu somente, uma das raízes das terras.


Drhákôlláh

Orações seculares

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Habituei-me a orar enterrado numa Igreja atemporal. As mãos juntas
e os olhos abaixados me trazem a paz interior dum bom cavaleiro de Deus.
Quanta dor entanto, para colocar-me em tal postura!
O que vejo hoje porém, é minha alma alhures do mundo humano e milhões
de aves, corvos austeros, sobrevoando ao meu derredor.
Dizem-me eles que minhas orações são benditas e nas graças de
meus ideais sombrios ao humano mas luminosos no celeste, sempre estou.
Firmo-me hoje somente a fé de mim.
E que o Homem em seu orgulho fatal, como a morte por um veneno, perdoe a si mesmo pelos maus presságios de se verem sempre, a Verdade soberana que governa as terras.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

O Silêncio Meu, Um Império.

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Vagando o sol encontrei-me glória na alma, e que não diriam,
o humano, ter comigo a alegria duma hospitalidade cariciosa!
mas continuei 'ermando' as terras onde aqueles raios me levantavam ao
colo e me tornavam o corpo nobre.
O Anjo de mim calou-me ao silêncio do espírito meu, ser eu a vida invulgar
das sombras.
As escuridões visitaram-me constante e eu as abracei... e que soberba alegria
constatar que suas lamas também tinham a "lucidez" dum sol!
Vou-me hoje, após tantos diagnósticos infundados de mim do humano, e pós
tanto minha alma calar por auscultar somente os dizeres das estrelas, vagar
e afundar-me nos sóis dos amanheceres e nas sombras à quem a piedade,
transforma em Imperatrizes.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

2007-12-17

Amanhã

por Roberto Weber de M. Milla

Eis que estremeço em minha aresta
Sem hosanas que ecoem em minha mente
E me encorajem nessa luta permanente
Ou me mostrem o caminho dessa floresta.

E mesmo que loas me ataquem com porfia
Sei que farei a epopéia de nossas vidas
Que de todas as lembranças nossas tidas
Não haverá fogo que me alivie a agonia.

Quero ter-te como se fosse minha a tirania
Perder-me em cada espaço do teu corpo
Sendo a chama ardente e fria

Sendo o teu caminho mais reto e torto
Onde o hoje mais intenso faria
Do nosso prazer o amanhã morto...


Roberto Weber de M. Milla

Instante

por Roberto Weber de M. Milla

Tanto doei de minha dor
Que nas areias do tempo perdido estou
Atrás dos braços de um amor
Que num instante cada instante me levou.

Peregrino sigo no deserto
Ao sol que arde o meu tormento
Posto que aos poucos vou chegando perto
De virar o pó levado pelo vento

E no ultimo suspiro que me descia
Lembrava quão belo fora o nosso instante
Que de cada instante fez e faria

Meu forte nessa jornada errante
Onde passo a passo tudo o que queria
Era ser-te o todo a todo instante...


Roberto Weber de M. Milla

Chrístu em Partitura

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Me deporto da hipocrisia e me consumo na Verdade ainda, que esta, tenha o vinho da imensidão do vazio vezes muitas. Mas não me abstenho Dela pois que este vazio, de mim, faz um "confessu" supremo.
Sou o exílio de tudo que despreza a miséria.
Sou o gigantesco mal das injúrias que enchem de fel minha dignidade e sou, tantas vezes, muito mais do que vezes contadas, a sombra daquele que indigna minhas inspirações.
O ar que sorvo, muito freqüente em entrega plena às almas, é a partitura dos meus ouvidos, e não me venha a ilusão, pela boca do Homem, dizer-me duns sonhos intocáveis.
Chrístu é o rei maestro das minhas partituras.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Criança de Sangue

por Sannt Drhákôlláh Rommãnesk

Saí a procurar os murmúrios em que eu me deixei, ainda criança...
Encontrei pelas terras uma menina, um menino audacioso que rompia os céus e lhe rogava que seus cantos lhe fossem profetizados.
Encontrei-me dia um olhando o espelho que me assiste nos dias todos, e vi um Homem e vi uma Mulher em excelência. Não rogo mais mas, absorvo-me no Sol que fiz por merecer, e os cantos sagrados do alto, hoje são meus pés de luz nas terras; e as profecias são o espírito de mim voando e embaranhando-se aos cabelos de cobre do Anjo que me guarda.
Sou uma criança entanto, ainda que, sempre, me fiz uma viva rogatória a estender diante do caminho, uma romaria das velas dos sangues que derramei na busca por minha glória.]


Sannt Drhákôlláh Rommãnesk

Zelo Devoto

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Na penumbra vermelha em que me inspiro, dedilho mil pensamentos dos meus passados perfeitos. Concentro mil mãos do meu presente austero. Reflito centenários dos meus futuros em presságios.
A luz vermelha que me assiste, é o anjo zelador do espírito meu e eu, sou unicamente, em todas as horas, o zelo de sua coroa entregue a mim em devoção, a libertar-me; uma missão que me julgará o azul ou o Ângelus da aurora.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Fé em Glória

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Sentido tenho do ser meu estar freqüente no amor da fé.
Aquele que me teve amargura foi do cerne seu uma sofreguidão de paixões hipócritas.
Vou para todos contudo em graças de cetim, e minhas almas em vultos, emprestam o sol e a sombra do livre-arbítrio àquele que me conhecer.
Somente Deus me galga e se eu O conheço em inspiração, é causa que me fui dia um, a sepultura, ainda em vida, do Espírito de mim.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

2007-12-15

Zelo Devoto

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Na penumbra vermelha em que me inspiro, dedilho mil pensamentos dos meus passados perfeitos. Concentro mil mãos do meu presente austero. Reflito centenários dos meus futuros em presságios.
A luz vermelha que me assiste, é o anjo zelador do espírito meu e eu, sou unicamente, em todas as horas, o zelo de sua coroa entregue a mim em devoção, a libertar-me; uma missão que me julgará o azul ou o Ângelus da aurora.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Fé em Glória

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Sentido tenho do ser meu estar freqüente no amor da fé.
Aquele que me teve amargura foi do cerne seu uma sofreguidão de paixões hipócritas.
Vou para todos contudo em graças de cetim, e minhas almas em vultos, emprestam o sol e a sombra do livre-arbítrio àquele que me conhecer.
Somente Deus me galga e se eu O conheço em inspiração, é causa que me fui dia um, a sepultura, ainda em vida, do Espírito de mim.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

2007-12-14

Colchas de Veludo

por Drhákôlláh

Sequei a linfa dos olhos meus e disse-me ser o absurdo da insanidade.

Voltei à casa minha e o habitat meu ensandecido, encontráva-se o torpor da face minha.

Que morte ela não me deu...? Cumpri minha alma e a irmã louca invejou a luz de minhas sombras.

Saí com minha casa nas costas mas Chrístu a levitou sobre os ombros de mim.

Vivo meu espírito e meu ser hoje é o mito que a morada jamais almejou abraçar mas, minhas colchas são de veludo musgo e branco e os seres da loucura, fogem contínuos da beleza minha.


Drhákôlláh / http://rmns.wordpress.com

Ritual, Madrugadas à Velas

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Nos pedestais do meu corpo ergui um castelo de luz e fui-me em sol ver o mundo
que me assistia.
Desci as escadas vestido de papiros e botas de sonhos metalizados. Que alegria infinda saber,
que quando orava, o fogo se alastrava em labaredas imensas pelo meu quarto!
Fiz-me indefinido na alma e abstive-me das ilusões que se debulham nas frágeis ambições mas, tive delusões e as encarcerando nos meus calabouços, restou-me a intrepidez dum romantismo inoportuno sempre.
Vou constante absorto, absorta em espelho meu interior, e nele reflete-se o rosto da reflexão grave de fé notória.
Estou em mim e meu centro, o gênio, aqui rebate sempre: "És tu Drhákôlláh, as vozes das tuas lendas?"
Vejo-me somente, um céu em movimento.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk / http://rmns.wordpress.com

2007-12-13

Oração

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Me soube um dia, ainda em alma, há muito distante das fronteiras de Terra. Veio-me a visita da luz e da sombra e me disseram que era da Graça Plena de Deus, pousar as terras a semear os ensinamentos das correntes de minhas angústias.
Transformei-me em boato de fúria e menina e menino 'me' correram como absurda e esquisita presença mas, seus ardís encarregaram-se de fazê-los tormentos de alegrias pueris.
Hoje sou a religião que inventei, sem dogmas ou rituais, sem austeridade e cientificismo. Sou unicamente de Deus e Chrístu e Maria e minhas sagradas Florestas, cujo corvo de mim, toma sempre conta devida.
Não me mistifico a Deus tão pouco ao Homem mas, às vezes, muitos deles, precisaram mistificar-me ainda que me ferindo, para seus verbos tornarem-se fortes. Qual força entanto sempre tive!
Deus foi sempre de mim, e aqueles que não me foram graça, só do céu se afastaram.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk
http://rmns.wordpress.com

As Rosas e o Poente

por Drhákôlláh

Vi ao longe milhões de ferimentos que não pude tocar. Minha alma fracassou naquela dor de não ser para aquelas rosas, a terra que não tem medo de plantar seus espinhos.
Fiz entanto o que minha luz inspirou e ousei projetar-me em alma naquele jardim. Grata surpresa tive ao sentir que aquela plantação, além de morar num cemitério, habitava a Casa de Deus. Não arranquei pétala alguma tão pouco desenterrei-as mas, beijei-as a todas sem intervalo de distinção, e a alma de mim, com seu corpo machucado por entregar-se aos espinhos, voltou para as benesses do sol costumeiro e para as regalias com minhas sombras.
Eu amei àquelas rosas e se o Homem me dissesse: 'Tu és um impotente do amor', eu lhe diria:
'Não te julguei jamais uma rosa, apenas, um dos poentes de Deus.'


Drhákôlláh / http://rmns.wordpress.com

Taça de Sangue

por Aparecida Machado

Na taça de vinho rubro, que me destes, sangue minha língua sentiu... Do cálice do licor que preparastes, tão doce assim, me envenenastes e os olhos que te viram agora se fecharam... O dia para sempre.
E nunca poderás dizer... Que nunca o amei... Pois a ti me entreguei, para que me ressuscitastes, dentre os mortos, para viver na escuridão das noites eternas...
Agora vivo em tua companhia... E pelo ar noturno, respiramos o aroma frio da morte impregnado em corpos ainda quentes, que desce por nossas gargantas suas preciosas vidas na forma pura e densa, de cor escarlate, que escorre e alimenta nossa fome de juventude...
Assim somos criaturas da noite... Vagos, condenados a escuridão...
Senhores da morte... Gélidos, acompanhados da solidão...
Assim somos... Imortais, nunca nos convide, a entrar em seus umbrais...


Aparecida Machado.

2007-12-12

As Entranhas

por Sannt Drhákôlláh

Vou ter com a Igreja que me mora todos os dias e ela tem uma santa. A santidade que a assiste é o vulto que diz-me, duma sombra, dever ter eu uma vela em púrpura ou vermelho de ceras, acesa sempre quando minha alma prostrar-se em ventura nas lágrimas que me escorrem.
A sombra santa, tão bonita e que não me mostra o rosto, vestida de pardo, está constante a me acompanhar.
Deveriam todos saber que o Amor enaltecido atraí seres assim porém, podem almas estas ajudar com suas presciências mas como!... elas, as sombras, desejariam ser do homem somente as vampiras de suas vaidades intelectuais,morais e carnais!
Fecho as portas da minha Igreja entanto, sem trancá-la e me vou... com esta amiga pelas ruas confabular contínuo, com seus conselhos de Mãe do Tempo.

Sannt Drhákôlláh / http://rmns.wordpress.com

Púrpura Chama, Morghana

por Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Em coração meu brilha a lilás chama dos desterros que se construíram anjo de mim.
Posso pegar esta chama e manipular seu teor numa alquimia perfeita; e... o que é do ser de mim senão um constante encimesmar para ser a alquimia exata...
Vou-me do céu e da terra em púrpura então, e não estarei para aqueles que virem em mim um bizarro da fé. Serei o tudo daqueles que sonharem ter em suas preces, a paz dum violeta sonhar.
Eu sou do céu; eu sou da terra mas, uma alma um dia, ainda pequenino e pequenina, disse-me:
Tu não terás passagem plena, o teu espírito, no mundo dos Homens.

Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk / http://rmns.wordpress.com

Asas

por Drhákôlláh

Comunguei com a respiração de Chrístu e me vi falsear quando ele mostrou-me a senda de vida minha. Uma lágrima brotou em sangue negro, e me fui à cama minguar a dor que se ía, ao céu que mirava. Mas há!... o Arcanjo de mim, em luz de ouro ergueu meu corpo são e ditou-me: "Drhákôlláh... é o mundo ainda que nas dores do pretériu, o teu amor, mais do Chrístu e Maria e Deus, do que o teu amor humano nas tuas velas de desculpas e remissão. Sonhai ter teu ser em união com vestes minhas e te darei e serei o arrimo imenso, o bater das asas tuas, ainda que invsível, de Bronze."
Levantei-me em felicidade e o Anjo da minha guarda me fez tomar a luz da alegria, as vozes do meu coração.
Compreendi ser tão somente, a vitória da minha paixão, Chrístu.

Drhákôlláh / http://rmns.wordpress.com

2007-12-11

Aviso de publicação do Vamos Ler + 11/12/07

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A Voz da Aurora (Drhákôlláh Rommãnesk)

A Voz da Aurora

A aurora foi de mim a fé que não deixei falecer. Frágil ela se encontrou tempos já idos mas, quis Deus encontrar-me em fraqueza dela para, um milagre suceder dos dons meus serem benditos e severos nas rogatórias de minhas lágrimas.
Cresci invulgar e o Anjo ditou-me que a dor minha seria mérito a purificar a cruz no fundo olhar de mim.
Estou cá em cima, estou cá à baixo mas, estou indo constante intermediar a dor e a alegria do gênio que em mim se proclama.
Os anjos de Maria Santa são os séculos em vozes das declamações de Deus, minha única fé em religião.


Drhákôlláh Rommãnesk / http://rmns.wordpress.com

Meu Credo (Sannt Drhákôlláh)

Meu Credo

Não se ateia mais em mim os elos duma dor dilacerante.
Em tantos cismares, meu ermo se cumpriu uma Torre de benéficas essências
que rescendem a confortar as sombras que me procuram chorosas duma dor que igual
a minha foi.
Eu vou com Chrístu e tudo em mim está em acordo com minha paz.
É do desejo meu somente, verter a escuridão que fui, num amanhecer sonoro do credo que orava
em tanta dor.


Sannt Drhákôlláh / http://rmns.worpress.com

Minha Vitória. (Sannt Drhákôlláh Rommãnesk)

Minha Vitória.

Predisse minha alma o sonhar com os doces venceres, entanto, não estava adestrada a sentir as rosas para se colher um eterno destino.
Mas, me fui sonhando na vitória, Deus nos desprezos que me viram, e qual minha soberba surpresa em visionar o anjo de mim, nos actos a mim falecer pelos humanos que desterravam-me!
Não ganhei a vitória sobre a vaidade e do orgulho só farfalhei minha fúria. Deus sonhou em mim o sussurro eterno do meu espírito, a respiração de viver comungando com o dever do coração de mim.


Sannt Drhákôlláh Rommãnesk
http://rmns.wordpress.com

Sensato Questionar (Drhákôlláh)

Sensato Questionar

Bizarra minha boca verbalizou fantasias nas épocas do meu negro vestir.
De certo estava em luto pois, a alma de mim, calou-se.
Não houve humano algum a profetizá-la e não sonhou jardim algum regá-la com seus verdes ares.
E ainda não via vida a aplaudi-la nos anseios meus mais leves como as penas duma ave.
Mas fui-me ainda que assim, orar ao Deus da respiração dela e, soberbo eu, em mirar as letras de luz, voltei à minha casa. Ví minha alma... Bizarra era ela por ser uma incomum aurora mas quê!! saí do cismático e absorvi que o mundo imerso na sombra, era o meu presságio... um simples e doce maestrar.


Drhákôlláh
http://rmns.wordpress.com

A Essência Única, Concerto na Cidade. (Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk.)

A Essência Única, Concerto na Cidade.

As Avenidas são meu patamar das glórias que conquistei pois, se estive tão à quem delas, as
glórias foram aprender a mergulhar em seus mormaços.
Não sou das terras que o humano falece quando pisa com seus grilhões exasperados pela vida.
Sou das terras que nascem nos pés do humano que firma seu eixo nas Avenidas.
Eu amo tudo que vem do céu e como uma imensa coluna, projeta-se da luz das amplidões ao concreto.
Quero ceras para ascender, celebrar a vivência amada por todo aquele que se faz Míster nos viveres das
cidades cinzas.
Vou aplaudir tudo de mim que sempre estiver em valsas com Deus, Chrístu e a imensidão do mundo.
Vou aplaudir todo aquele que sonhar ser do mundo a sua essência, ainda que esta, fuja de encontrar-se
no mundo mas, o que é a noite calada, se não a essência destas almas apaixonadas pelos
amores nos concertos da cidade?


Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk.
http://rmns.wordpress.com

Folhas da minha Rosa (Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk)

Folhas da minha Rosa

Fui-me de negro em negro com uma rosa em mãos.
Não dei-a a ninguém pois que em suas pétalas de cetim azulado marinho,
ela clamava a solidão e murmuravá-me um beijo morno de afeição invulgar.
Para sempre ela foi minha. Ficou comigo nos devaneios 'et' na lucidez dos meus
dizeres et na lucidez dos meus cismares.
Sou-me de branco e púrpura hoje, e a rosa faleceu mas, guardo na sua lembrança,
a memória minha junto dela.
Á que eu devo dizer entanto, que suas folhas verdes-escuro eternas, estão no coração
de mim. São o rastro cortante, como um canivete, da esperança amaldiçoada pelo humano
porém, vívida nas mãos duma criança.
Vou-me hoje de negro em negro, branco et púrpura mas nunca me encontrará tu,
de cinza, a perfídia dos maus amores.
Sou do denso líquido que envenena um coração com o Augusto Belo Bem.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk
http://rmns.wordpress.com

2007-12-10

Mensagens de natal de Ivone Boechat

Veja várias mensagens de natal da Ivone Boechat, no YouTube. Clique aqui.

Natal (Ivone Boechat)

NATAL

Nesse Natal, se você tem um vizinho pobre, mas muito pobre mesmo, cuidado para não se machucar na cerca do individualismo que os separou até agora nem correr o risco de se atropelar nos espinhos do egoísmo. Do lado de cá mesmo, ofereça-lhe algum momento de ternura, ajudando-o a amenizar as carências do seu Ano Velho. Dê-lhe pão e, se você se esquecer de dizer Feliz Natal, ele não vai notar, porque a felicidade da mesa farta o fará lembrar-se de Jesus Cristo.

Nesse Natal, se você não teve tempo de mandar um cartão de Boas Festas para seus pais velhinhos, não faz mal. Ajoelhe-se, peça perdão a Deus pela péssima conduta de filho e proponha uma ajuda efetiva, de mais conforto, mais atenção e mais presença, junto de sua família, sempre.

Nesse Natal, se ainda se lembra de alguém sozinho que um dia você abandonou: seu filho, seu irmão, seu amigo, seu namorado, não chore de arrependimento, somente. Vá a pé, de ônibus, de carro, de avião ou pegue o telefone e diga-lhe, com o maior carinho: Você é muito importante para mim. No Ano Novo, estaremos sempre juntos, Feliz Natal!

Nesse Natal, se você entregar-se aos prazeres da carne e perder-se na embriaguês de vinhos, da mentira, de ilusões, não se desespere, Jesus Cristo não precisa de festas para você lembrar-se Dele. Levante a cabeça, aprenda a lição e tenha a capacidade de abrir os cadeados enferrujados do coração.

Nesse Natal, ilumine-se de compreensão, resplandeça de alegria, enfeite a vida de perdão, acende a lâmpada do seu melhor propósito, dê o braço amigo aos que o cercam e não tenha medo de ser bom. Afinal de contas, tudo na vida perece, você passa e outros natais virão, porém a estrada reta ou tortuosa vai em frente e nenhum momento repete-se exatamente igual: Feliz Natal!


Ivone Boechat

A Amplidão (Snt.Drhákôlláh Mons.Rmnsk.)

A Amplidão

Abro os braços e minhas sombras voam de mim; vão vultos delas
perfurar o mundo, e a vida minha, fica em pura alma.
O corpo de mim pensa no espírito... e alhures este sofre a densidade duma carne.
Estou na amplidão da vida e do Universo, universo meu e talvez teu.
Sôfrego da paz nascida duma dor mirabolante, oro o credo da missa do meu
destino.
Estou na amplidão das minhas mesuras infinitas, sagazes das benesses do Arcanjo
e mordaz no discípulo dever.
Sou um, apenas singular nas novenas dos desterros mas, no falecer da dor,
reponsabilidade 'nostra', no atributo à uma centena da felicidade.


Snt.Drhákôlláh Mons.Rmnsk.

O 'Vínhu' em Ser (Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk.)

O 'Vínhu' em Ser

Tantos malabarismos fiz para adestrar em mim o gosto supremo pela realidade.
Como, como amo as avenidas e asfaltos que refletem a cor verdadeira do mundo. Em tudo em mim brilha o ermo sagrado do meu coração mas, parece-me, os concretos o saúda.
É de minha vontade sempre chorar nessas tardes, nesses dias, nessas noites de néon, e se algum humano me tem em dúvida a índole, vejam a força da realidade e saberão que o ser de mim é o etéreo espírito que a pousa e o corpo humano que a elege.
Não sou um absurdo... a realidade é minha, foi minha única mãe. É ela sempre, só ela, a Santa que me assite sob o amparo do céu.


Sannt Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk.

2007-12-09

Soneto da eternidade (Roberto Weber de M. Milla)

Soneto da eternidade

Do nada fez-se o amor
Dos olhos criou-se o desejo
Do apalpo fez-se o calor
Dos abraços criou-se o beijo.

Do nada fez-se a loucura
Da cama criou-se o prazer
Dos movimentos fez-se a pura
Dos lençóis criou-se o bem querer.

Do nada fez-se a paixão
Das mãos unidas criou-se a vontade
Dos carinhos fez-se a união.

Dos sonhos criou-se a vaidade
Do momento fez-se a sensação
Do nada criou-se a eternidade...


Roberto Weber de M. Milla

2007-12-08

A Alma Deve Sangrar (Drhákôlláh)

A Alma Deve Sangrar

Jesus é alegre e não há tristeza de humano algum que o faça quedar. De sua Luz Deus fez um sacro silêncio descer ao mundo. As almas das sombras o amam como um Príncipe do Amor Sagrado o mais jovem. O humano deve sabê-lo por perto já que, seu silêncio, é ouvido somente quando a solidão é o "fim do mundo" nas vidas dos corpos. Deus é O Pai das Trevas e da Luz e não duvido da Verdade esta. Compraz-me tudo o que Os alegra. Retiro-me não do mal mas, de tudo e todos que Os despreza e a Santa Mãe Chrística, é o Arcanjo do devoto humano quando a alma se faz um templo de sangue.

Drhákôlláh

A Voz do Século (Sannt Drhákôlláh Mons.Rmnsk)

A Voz do Século

Provei do ardor da matéria 'et' há que na juventude minha o meu gênio blasfemava a realidade e as avenidas. Quando me ia em rastro de fogo varejando a voz do corpo, eu me tinha um absurdo. O pecado não é a matéria mas, o rumo que damos às suas flamas. Nenhum ser mais jamais, foi de vontade minha esvoaçar, voejar; a voz do século me pousou a fronte grave e sua beleza, corrompeu os desejos meus mais sutis.

Sannt Drhákôlláh Mons.Rmnsk.

Meu Zelo (Drhákôlláh)

Meu Zelo

Sou uma humana correndo vida zelosa tempo sem fim para os braços do santo Arcanjo.
Em minhas orações a destreza é o meu cismar, o milagre do destino meu.
Se bem sucedida como menina e menino for, a Terra ganharei e só irei pedido fazer, se o mundo falecer em sua dor.

Drhákôlláh

2007-12-07

O 'Homanu' (Drhákôlláh)

O 'Homanu'

O amor precisa ensinar a 'desespera'. Tantos imediatas e o que sinto em mim, é a falência
das sacras escrituras do céu no coração do humanu. Eles se ajoelham aos célebres e se
golpeiam nestes momentos pois mentem almejando tapetes vermelhos. Seus vazios espelham a dor das Trevas.
Que bom entanto, que aprendi a sofrer não esperando nada na volta de um humano à minha
casa; e é assim que hoje, ela os recebe em amor fundo, eterno.


Drhákôlláh

O Bem (Drhákôlláh Monsalbant Rmnsk)

O Bem

O ar é a benécie da vida e o Homem, uma dádiva de Deus ao mundo. Porém a Natureza é a mãe mundial do humano e o céu, este, a justiça em toda sua glória que curva o humano a cumprir seu destino ainda que este haja no mal. A caso não sabeis? o mal é necessário viver em todo o seu soturno para o bem, explodir em excelência como o sol. É necessário sermos fracos para, um dia, termos ascesso à força do incompreensível, e ela, sobre-humana é.


Drhákôlláh Monsalbant Rmnsk

A Alma, um sonho no espelho (Drhákkôlláh)

A Alma, um sonho no espelho

Sonhei-me ótimo quando minhas lágrimas me enterravam no cemitério
humano.
Sonhei-me altivo quando a dor em mim falecia-me a dignidade.
Sonhei-me feliz quando me perdia no túnel da Treva.
Hoje, não sonho-me nada, apenas, transformei-me em belas asas dos sonhos
antigos.
Há que eu soube dar uma aliança de rubi ao anjo que me mora mas, deveis
saber, que um anjo sé revela-se no gênio, quando este foi excomungado pela
matéria dos actos e pensamento humano.
Sou feliz na matéria que o Homem, hoje, me vê imperar.


Drhákkôlláh

Glamour (Drhákôlláh Rommãnesk)

Glamour

Nos papiros da inteligência, um Homem busca ser a glória mas,
a mejestade dum humano, creio, em meu intelecto, não é
o verbo de eloqüência racional mas, o silêncio com que se faz ouvir
e dedilhar, no tempo, o pensamento espontâneo e sentimento atemporal da pura
criança que 'habita-se' em nós.
Abstenho-me do glamouroso, uma quimera, pois estou indo sempre, de encontro
para o glamour das dores das almas e lágrimas humanas.


Drhákôlláh Rommãnesk

O 'Pergaminhu' de Deus (Drhákôlláh Rommãnesk)

O 'Pergaminhu' de Deus

Vivi a vida minha nos pergaminhus dos estudos da alma. Há que eu
deveria sonhar tempo todo de mim, com o bronze após término de cada
leitura.
Saí a pregar em mim o doce farfalhar dos corvos, as Phênix da regeneração
das almas. Segui todo eles e um acompanha-me o destino que vezes muitas,
entrego nas mãos destras e diletas de Chrístu contudo, laboro meu espírito e
carne minha rescende a beleza duma alma.
Vou ter sempre com meu corvo, e se me abstiver da vaidade, a 'máskara' das festas
dos humanos, a minha cegueira as falecerá. Felicito-me entanto, por Deus ser
um Pergaminhu, em seus rumores enlanguecidos.


Drhákôlláh Rommãnesk

2007-12-06

Castelo de Flores (Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk)

Castelo de Flores

Almas sem fim, de milhões 'et' milhões de anos, fazem procissão para errarem suas dores um suspiro que seja. Há que o Arcanjo, anônimo, lhes ascende velas de púrpura cêra, a que os anjos lhes velam a auréola milagrosa que elas se venturam na esperança do amor incomum, porém, que ecôa no infinito diante de aparições tão cor de rara e cara beleza. É etéreo o pensamento que se vai em mim dessas mortes tão sagradas! Em minha vontade tão obscura et ensolarada pôr minha paz, vou a elas lhes espelhar a dádiva profética de dores suas et que minha face não me minta, mas serei para elas, por paixão à glória do espírito, um castelo de flores onde minhas velas, serão a cêra vermelha da alma minha e delas.


Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Sacra Luz (Drhákôlláh Monsalbant)

Sacra Luz

Voltei nos sussuros do passado e vi as torres construídas por natureza minha impetuosa ao Juízu de Deus. Crédulo fiquei ao me encontrar fazendo sagrada oração ao silencioso tempo.
Voei pára minha alma encontrando meu corpo adormecido por entre os calvários do espírito meu. Levantei-me e a sacra luz deu-me de volta a coroa da carne quando esta, é tão somente a alegria milagrosa de estar na luz e nas Trevas e de ser, as Trevas, a minha luz.


Drhákôlláh Monsalbant

A Luz do Arcanjo (Drhákôlláh)

A Luz do Arcanjo

A luz vermelha, amparo de meu intelecto na escrita, incita-me a pensar
no Arcanjo.
Cismo vidas milhões tidas no espírito, vago suas intuições e as inspirações
do gênio meu vêm. Divago alhures na Capela absorta no céu de Ângelus e, curioso,
crente do mundo das almas, permaneço mais impetuoso.
Bendita luz de cura em mim quando meu psiquismo, é todo o Arcanjo que rebrilha
rouge na alma das mãos de mim.


Drhákôlláh

Destreza no Lumiar (Drhákôlláh)

Destreza no Lumiar

A margem minha é o horizonte que corrompe minha alma ao infinito.
Muito me faço destro nisso pois se fé de mim emerge de minhas
sombras, sua glória nasce de minha luz.
Não sou o horizonte porque este é Deus mas, estou nele porque sou
filho do Sagrado Deus.
O que me encanta entanto, foi o martírio que supliciei essa resposta.
Sou um lumiar na reta, a rota em invulgar horizonte.


Drhákôlláh.

2007-12-05

Dinheiro de ouro e esmola (Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk)

Dinheiro de ouro e esmola

Fadado meus míseros percalços, eu me ia absorto nas paixões da caridade.
Golpeava-me a brisa noturna das lembranças como ecos em ouvidos meus.
Jesus minha companhia era, por certo ter conquistado uma paz nascida
nas lúgubres ruas e avenidas das noites de néon. Jamais maldisse entanto,
o porvir dos amanheceres e nunca amaldiçoei o trabalho que corpo meu
nele se consumia. O aprendizado mais 'glorificadu' foi transmutar o dinheiro
de ouro e esmola num encanto do amor. Não há quem não necessite
dum beijo ainda que por piedade.
Ia-me nas auroras, surgia-me nas noites e ventáva-me nas madrugadas, e
Deus, era o sol da vida nas tardes de minhas reflexões.
Ousava Anne Bujont em seu tamanho imenso da matéria, ser, unicamente, um Anjo
Guardião dos Homens da cidade.


por Drhákôlláh,
Do Mundo de Anne Bujont

2007-12-04

O Cálice do Anjo (Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk)

O Cálice do Anjo

Que Homem sou se o lampejo do ente que me habita dita-me ser da matéria, um nobre que cisma a invisível Sacristia?
Que Homem ser diante da verdade de mim, que o Anjo da Guarda minha, está me velando sempre a testa constante lecrimejante da fé?
Vou-me dentro de minhas chamas e encontro o Anjo belíssimo me dizer:
"Drhákôlláh... falece os torpes humanos e ilumina-te na pureza da boa fé dos verdadeiros herdeiros de Chrístu. Tu, é a flama do teu passado, bem vindo a mim, teu Anjo."
Levanto olhos meus e me sei tão apenas, o cálice da vida minha.


Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Agulha de Rubi (Dráqüola Monsalbant Rommãnesk)

Agulha de Rubi

A vida apresentou-se em pérolas etéreas nas calçadas que andava. Tropecei-as aos montes mas meus saltos jamais quebraram-se. E quando os amigos de mim pensaram que iria eu sucumbir a tantas mancadas, ela, mais rápida que os cismares deles, ousou dizer-me: "Charles, meu travesti, vem a mim, fica-te e faça-se por seres bem vindo, bem vinda a mim." e entreguei-me em afeição e as noites brilharam em corpo meu!
Jesus enalteceu lágrimas minhas e o ardor de minha carne flagelada pelas humilhações foi-se, de ventura e ventura, formando-se na missão mais miserável, simples glamourosa.
Charles partiu e se viu Chrísticu, e a aurora o calçou com de saltos de rubi, imensas agulhas a luzir na amplidão.


Dráqüola Monsalbant Rommãnesk

Lodo de Mim (Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk )

Lodo de Mim

Auscultei mundo milhões e quando em espírito a vela minha iluminava a capela de mim, depositava ao chão meu de mármore 'branko', sedas vermnelha e púpura com o retrato do gênio meu. Muito 'lachrimei' gotas de lodo ante àquelas sedas porém, Chrístu, a genialidade dos psiquismos, mostrou-me veludos da face minha. Encantei-me com que mirei e projetei-me, lancei-me Nele.
Meu lodo foi a masmorra luminosa que me ateou, nos grilhões, a uma vida de infortúnios
Sou ainda um lodo mas, uma lama encandescente dum curativo 'azule', a face no veludo do Arcanjo e 'Chrístu', o único que suportou amar a seda e o veludo.


Drhákôlláh Monsalbant Rommãnesk

Rosas Negras (Dráqüola Monsalbant Rommãnesk)

Rosas Negras

Fui-me com o Anjo em descida para a Treva, lá, compadeci-me
dos astros que a governavam e das crianças que ela amava.
Curioso fiz uma oração e Anjo meu volitou comigo em braços seus,
dirigindo-me naquele mundo de escuras lascividades.
Quão minha surpresa ao me ver etéreo sem o Anjo! e quão grato, grata,
fiquei com a lágrima que me descia da alma!
Tortuoso para o humano é o luzeiro pensar, que a luz não ronda, como sombra,
estes seres.
O humano me é uma bíblia terrena e o céu um 'pergaminhu' sacro, e a Treva,
as rosas negras de todo o meu coração onde alma de mim, curvou-se a este espaço
a quem distante do meu sideral espaço.
O Anjo meu talhou-me em luz e sombra para escrever os 'pergaminhus' destas negras
rosas, ainda que agora, um instante nas minhas velas de púrpura cera.


Dráqüola Monsalbant Rommãnesk

Na Madrugada dos Meus Pensamentos (Dráqüola Monsalbant Rommãnesk)

Na Madrugada dos Meus Pensamentos.

Abstenho-me das flores e dos ouros humanos; sou deles contudo, pois o amor que me cabe, é de desejos puros por seus espíritos; almas sem falência absurda no elixir da solidão.
Venho dizer-vos que seus corpos são d'uma carne benigna quando esta, os incita a viver constante, no glamour do mundo. Minha carne de certo igual a deles é, mas, fiz destino meu e escolhi o glamour da alma.
Divago tanto em pensamentos meus que eles já se "viraram" madrugada, mas os dias o fazem refletir uma suave esperança verde-musga em suas cicatrizes; e as tardes, doces colóquios silenciosos com Deus.
Estou sempre aqui e aquele que me achar, encontrará um espírito, um ser feito duma inteligência profunda. Sou tão fundo e funda, que o céu, o oceano e a terra me bastariam.
O humano é irmão de mim, crente de seus corações densamente misteriosos.


Dráqüola Monsalbant Rommãnesk.

Ao ser mãe (Maria N. M. S.Domingos)

Ao ser mãe

Tive a maior riqueza
Herdei a maior beleza
Minhas filhas nasceram
Sentimento tão profundo
A maior maravilha do mundo
Mundo que não vos dou se não puder
Se me viram a chorar ou sofrer
Foi a pensar no vosso viver
Minha grande preocupação
São vocês e por essa razão
A Deus agradeço na mais linda oração.
Filhas do meu coração
Que dei vida e amo,
Que abracei e embalei
Minha vida por vós darei
São a razão do meu viver.
Muitas noites sonhei, com o vosso crescer
São o melhor que podia ter
Amar-vos-ei até morrer
Mesmo depois de partir
Minha presença, vão sentir
Se disser que vos abandono estou a mentir
São a razão do meu existir.


Maria da Natividade Marrafa Serra Domingos

Amor proibido (Maria N. M. S.Domingos)

Amor proibido

Um amor como o meu
Que amo e sinto
O grito do meu eu
Que sofro e me minto
Que quero entender
E não sou capaz
O vento que passa
Não me dá razão
Meu amor, minha desgraça
Minha grande paixão
Sofrimento meu lema
A quem dou a mão
O choro, meu tema
Esperança é ilusão
Resolve-lo meu cruel dilema
Perdê-lo eu não quero não
E meu coração teima
Nesta louca paixão
Que me mata e não tem pena
Que me tortura e me queima
Sinto lágrimas de lume
Tendo em minha mão
O cheiro do teu perfume
Meu triste queixume
Minha grande paixão


Maria da Natividade Marrafa Serra Domingos

Silêncio (Maria N. M. S. Domingos)

Silêncio

Silêncio
Deixem ouvir meu lamento,
Quero gritar meu tormento
Meu amor foi embora.
Silêncio
Meu grito é calado,
Meu lamento abafado,
Meu coração cansado
De tanto te procurar.
Meus olhos secaram
Minhas mãos postas rezaram
A pedir para ele voltar.
Perguntei ao mundo por ti
Disse-lhe o que sofri
Mas ninguém me respondeu
Nem esperança me deu
Tudo o que em mim existiu.
Foi contigo e partiu
E ninguém viu.
Já sem força para gritar
Para teu nome chamar,
Deitei-me e deixei-me ficar.
Cansada de procurar
Meu corpo desfaleceu
Meu coração morreu
Por favor deixem-me repousar.


Maria da Natividade Marrafa Serra Domingos

2007-11-29

Prece de Ano Novo (Ivone Boechat)

Prece de ano novo

Senhor,
resplandece o fulgor do
ANO NOVO.
Expectativas, mistério, perguntas,
ansiedades,
fazem da festa um mundo
de curiosidades.
Há, por toda parte, calendários,
previsões orçamentárias, planos de vida,
mas só tu sabes, Senhor, o que há de vir.
Neste instante de novidades e de abraços,
nesta hora de promessas e possibilidades,
dá que eu sinta o Teu poder e a Tua paz,
abrindo clarões no escuro da incerteza.

Senhor,
que nem mesmo a iminência da morte,
da despedida,
quando a dúvida rondar minha morada,
possam abalar-me a fé.
Que eu tenha vigor, paciência, perseverança,
pra recriar nas lições do desencontro,
e que eu sinta vontade de seguir em frente,
sempre que as circunstâncias me detiverem.

Senhor,
transporta meu pensamento
para os enlevos da vida,
fazendo-me contemplar
as visões de um novo mundo.
Renova minhas forças,
unge meu caminho,
abençoa o desdobrar
da página de cada dia.
Neste Ano Novo, Senhor,
habilita-me
para ser digna de entender
as missões da Tua obra,
iluminando-me cada passo.
Nas dores, que eu O encontre,
nas orações.


Ivone Boechat

A Rosa dos anjos [para Rosangela de Fátima] (Remisson Luz)

A Rosa dos anjos (para Rosangela de Fátima)

Ó bela Flor, purpúrea, serena,
De sutil formosura, eflúvio de rosas...
Desvelada Flor, sublime, amena,
Mescla escarlate das veias ardorosas.

Ó infinita Flor, plácida, aérea,
Rubra Flor dos meus anseios...
Visão indelével, magicamente etérea,
Lampejo de cor dos devaneios...

Ó Ros'angelical, rósea Flor mirim,
Fulgente glória dos meus sonhos,
Cobre-me com pétalas carmim!

Ó majestosa Flor, pujante e sincera,
Sê real! Dissipa a névoa do medonho,
Ó inefável Flor de Quimera...


Remisson Luz

2007-11-28

Lamento (Cida Mota)

LAMENTO

Cida Mota

A lógica dos teus métodos
E dos teus atos
Inibe e atormenta o meu ser

A insensatez de tuas palavras
E dos teus passos
Entristece e fere minha alma

Em cada olhar furtivo
A certeza (que angustia)
Da luta inglória
Em te querer..

Tão puros eram teus olhos!
E tão amargos os vejo então..
Impiedoso se torna o tempo
Tornando ocaso o que era amor..

Simbolismo (Cida Mota)

Simbolismo

Cida Mota

O amor, a morte, o pranto,
Nos versos do universo poético,
Simbolizam o êxtase, a dor, o desencanto.
O poeta é êxtase, é dor, é desencanto,
Quando a mente, o coração e a alma,
Se inspiram no amor, na morte e no pranto.

Lembranças (Cida Mota)

LEMBRANÇAS

Cida Mota

Há tanto tempo, numa velha casa de assoalho,
Num sítio pequeno e bem cuidado,
De pastos verdes e águas claras,
De cerrado florido e árvores frondosas,
Lá, onde existia, o mais amarelo dos ipês.

A luz da noite era a lamparina,
As histórias, de assombração,
Era um tempo de sonhos,
De crenças e imaginação,
Lá, onde a natureza brincava.

Éramos seis naquela velha casa de assoalho,
Lá, onde a lua, era a mais linda do lugar,
Lá, onde existia encanto e prazer,
Lá, onde a felicidade fez morada,
Lá, onde existia, o mais amarelo dos ipês.

2007-11-22

Te amo (Joanna Torquato)

Te amo

Essa tristeza que sinto no peito
As vezes acho que não tem jeito
Tentar dar valor no que é amar
Acha que é se humilhar
Tentar não discutir
Acha que é se iludir
Fazer de tudo pra não destruir esse amor
Acha que é mal de amor
Amo e quero me sentir amada
Caso contrario etou enganada
Quero uma chance de ser feliz
Com alguém que sempre sonhei e quiz
Por que tem que ser assim
Não conseguir ser feliz
Amo e amo muito, fazer o que
Se o homem que amo não quer corresponder
Esse amor
Que causa tanta dor


Joanna Torquato

Dor de amor (Joanna Torquato)

Dor de amor

Sozinha, sozinha estou
Não tenho um amor
Que me ame
Que não me engane
Um grande amor nasce
Parece pra eternidade
Sonhos, planos
Tudo engano
Palavras de carinho trocadas
Já não são mais entoadas
Só tristeza
Que envade minha alma
Uma dor tão intensa
Enorme dor imensa
Não para
Não sara
A solução pra essa dor
É um pouco de amor
Amor que se tornou dor
Dor de amor
Dor da alma
Não para
Não sara


Joanna Torquato

2007-11-21

Só... Imaginei! (Aparecida Machado)

Só... Imaginei!

Imaginei só... Como seria,
Como feitiço, como alquimia,
Se ao meu lado você estaria.

Imaginei só... De noite adentro,
A névoa púrpura, se confundia, se perderia,
Entre o meu eu e a sua magia.

Imaginei só... A lua no centro,
Na cama a seda, e seu complemento,
Seu corpo reluzia, transparecia, a forma simples do sentimento,
Se a paixão, me queimaria, me consumia, assim só... imaginei!

Se realmente você estaria, no puro amor se perderia,
Aos meus sentimentos se renderia, confessaria, de tudo faria,
A uma noite de pura paixão. Só... Assim... Imaginei! Confinada a ti e a solidão,
Perdida no tempo, nas longas asas dessa ilusão. Só... Assim... Imaginei!


Aparecida Machado.
merlinmorganalefay@hotmail.com

2007-11-20

Por que Natal? (Ivone Boechat)

Por que Natal ?

Os “herodes” modernos não conseguem entender os sinais das estrelas e continuam abandonando milhões de crianças pobres pelas ruas deste Brasil-Belém. Corações-hospedarias estão superlotados de ganância, ódio, egoísmo. Não há lugar para Jesus!

“Há rumores por toda parte...Onde está o Messias ?”Os reis e poderosos da Terra ainda fazem a mesma pergunta que fizeram na noite mais linda da humanidade: Onde está Jesus? E a história conta que Jesus Cristo dormia, terno e sereno, nas barbas do poder, mas Herodes não O encontrou. Estava cego. Os poderosos continuam cegos. A simplicidade do Rei do Universo os confundiu.

Jesus Cristo está entre nós, simples, objetivo e real. Seu discurso já foi traduzido para nações e povos, todavia, ainda “há rumores por toda parte...”Os tratados de guerra se efetivam e as pessoas se destroem, porque o vírus do poder venceu a barreira de milhões de séculos e chegou até nós.

As estrelas falam para aqueles que se preparam para ouvi-las. Os Reis Magos continuam sua caminhada histórica na direção do Mestre, porque na verdade, eles nos representam nessa visita. O presépio de Belém está aceso, porque ele é eterno, apenas mudou-se de Belém para os nossos corações.

Esteja preparado para que o Natal seja uma oportunidade de profunda reflexão sobre o momento atual.

Feliz Natal!


Ivone Boechat

2007-11-19

Imaginei (Simone Papa)

Imaginei

Durante a madrugada,
Quando a lua invadiu meu quarto,
Imaginei você chegando,
Devagarinho me abraçando!

Quando amanheceu,
E o sol, a manhã despertou,
Imaginei você,
Sua voz dizendo: Bom dia!
Tudo se iluminou...

Agora, durante o meu dia,
Em tudo estará presente.
Pois já me abraçou,
Cumprimentou...
Me trouxe alegria.

Estou radiante!


Simone Papa

Acabou (Joanna Torquato)

Acabou

Lagrimas rolam em meu rosto
Saudade, amor ou desgosto?
Não consigo controlar
elas teimam em rolar
Tantas coisas a pensar
Que para mim nem carinho dá
Converçar quê?
Nem pensar
Não consigo entender
Como foi se esconder
Aquele sentimento tão lindo
Que paracia infinito
Amor, amar
Como fui acreditar
Que seria para sempre
E se acabou tão derrepente
Hoje não sei o que sobrou
Mas tenho certeza que esse amor
Que em palavras e gestos demonstrava
Hoje sei que me enganara


Joanna Torquato

2007-11-17

O Silêncio da Solidão! (Aparecida Machado)

O Silêncio da Solidão!

Olha só! O Silêncio da Solidão!...

Ela traz o compadecimento de uma perdida paixão...
Ela traz o acalento de uma verdadeira ilusão...
Ela traz o sombrio ébrio de uma mente vaga, sem brio e sem razão...
Ela é a verdadeira companheira do tempo, da noite e da escuridão...
Ela vem nas longas asas de um anjo negro, de nome lembranças, de uma vaga impressão...
Ela é um coração dividido, mas sem nenhum amor e sem nenhuma paixão...
Ela embriaga as noites de beijos e afagos frios como o vento da madrugada, de pensamentos sem emoção...
Ela é o tempo que perde nas alturas da noite e nas profundezas da escuridão...
Ela é o anjo negro de longas asas que aparece no vislumbre de uma ilusão, misturado a uma antiga paixão...
Escuta!...
Olha Só!...
É o Silêncio da Solidão!...


Aparecida Machado.

2007-11-13

A Partida (Joanna Torquato)

A partida

Você partiu
Simplesmente se despediu
Deixando essa dor que invade
Meu peito que quase explode
De tanta saudade
Saudade dos tempos que juntos passamos
De momentos que nos amamos
De tanta cumplicidade
Em nossa intimidade
Fidelidade e confiança
Planos e esperanças
Éramos dois em um só
Em noites de lua e dias de sol
Você partiu
Simplesmente se despediu
Deixando para trás
Não querendo mais
Aqueles momentos de tanta paz
Que junto passávamos
E com intensidade amávamos


Joanna Torquato

6-Sofrimento (Nadja V. Teixeira)

Data: 27/08/07

6-Sofrimento

Lagrimas cainhem por minha face
Não consigo busca o motivo para o sofrimento
Só dessa vez posso afirma que não choro por ti
Mas sim por um dia ter sido tola o bastante
Para acredita em suas doces palavras
Mas não se preocupe comigo. Pos hoje irei embora
Caminharei com paços largos ate o fim
E quem sabe um dia poderei volta,
E ai sim enxuga minhas lagrimas


Alto (a): Nadja v. Teixeira

2007-11-11

Não te quero, mas (Nadja V. Teixeira)

Não te quero, mas.

Um dia o amor me fez sofre, mas hoje.
Quero olha em teus olhas e deser-te
Que não te quero, mas.
Já cheguei a dar-te tudo que de bom em mim avia.
E você não deu valo para o que possuía.
Agora conheço-li bem,
Sei a tua capacidade de ser inútil e desprezível
Conheço seu verdadeiro eu.
E farei o possível para desprezar-te ao estremo,
Ate chega o ponto de não senti sua insignificante
Presença ao meu lado.


Nadja V. Teixeira

2007-11-06

A revolução das flores (Ivone Boechat)

A revolução das flores

Num vale florido, o perfume envolvia as abelhas que trabalhavam, com muito entusiasmo, compondo um belo cenário com borboletas e beija-flores felizes.

Corria por ali a notícia que homens armados contra a Natureza estavam chegando.

Ali, nesse paraíso, as flores estavam tristes e foram procurar as árvores mais velhas. Convocaram a espada-de-sãojorge, comigo-ninguém-pode, os espinhos da coroa-de-cristo e partiram determinadas.

Debaixo de uma frondosa árvore, pediram um conselho: o que fazer para convencer ao homem que gosta de destruir a vida, para que se arrependa e comece a reconstruir e a preservar... Aquela senhora árvore centenária, indignada, desabafou:

- A nossa expectativa de vida pode chegar a centenas de anos de vida útil, sem esclerose, osteoporose, lordose... que tanto afligem os humanos. O maior perigo é a serra elétrica, o machado, o fogo.

A rosa concordou e acrescentou:

- O maior perigo de todos é o homem sem educação.

Então as flores deram-se as mãos e decidiram propor que todo homem destruidor e vil fosse educado, desde menino, para plantar o amor-perfeito em volta das casas, das escolas, das empresas, das igrejas, porque quanto mais cedo a criança aprender a amar o planeta Terra, maior é a chance de começar a prevenir e a preservar a Natureza.

Aí, animação geral! Veio o copo-de-leite e se ofereceu, sem contaminação, puro e fresquinho para ajudar a oxigenar os vales. Boca-de-lobo prometeu mais ação, ao invés de criticar por criticar. Hortência preferiu plantar-se melhor para não ficar por aí, sem se cuidar, desbotada e feia. A dama-da-noite, tão sumida, ultimamente, disse que a noite é uma criança e quer voltar a perfumar o espaço dela.

A noite foi chegando e as flores se recolheram com a promessa de juntar-se aos homens não só nas horas tristes e dolorosas. Elas querem voltar com todo o esplendor e formosura, espalhando graça e perfume para receberem com o cálice transbordante de néctar os beija-flores.


Ivone Boechat

2007-11-05

A Noite (Aparecida Machado)

A Noite.

Está é a noite!... Cheia de mistérios... Cheia de surpresas... Profunda como as horas que se perdem pela névoa do silêncio, onde a solidão deixa seus resquiços de um passado, enterrado por longuinquas terras sem um verdadeiro nome...
A noite trás a lua, quando esta aparece augusta, por entre esta mesma névoa e por entre núvens cinzas de saudade de um tempo imortalizado nos pontos brilhantes, que o céu noturno revelam aos olhos nas formas de estrelas.
A noite atrai seus maravilhosos animais, misteriosos, perigosos, ferozes, de voracidade inconfundivel e indefinivel, como seus adoradores, que vagueiam pela embriagues do cheiro de sua brisa gelada, que aumenta se transformando em um vento parecido com o mistral...
Tocados pelo ósculo de folhas úmidas de orvalho... Simplesmente natural, como a criação do universo e tão antigo como ele...
Assim ficam os arcanjos noturnos em companhia dos anjos da madrugada, que tecem no tear da noite o crepúsculo já perdido por uma alvorada, onde rapidamente os raios solares tomam conta do mesmo céu, que há pouco era espaço de uma noite fria... Misteriosa... Surpreendente e profunda...


Aparecida Machado.

2007-11-02

Noite sem Luar (Aparecida Machado)

Noite sem Luar.

A brisa já anunciava a chegada da noite, quando ainda em minhas lembranças se propagava o som do seu sorrizo e em minha mente ficava o brilho de seus lindos olhos... Negros... Como aquela noite sem luar.
Agora ao escutar os pingos de chuva a molhar o solo e o vento frio que convida a tristes recordações, sinto falta daquelas noites, que não chovia, mas também o frio convidava a taças quentes de vinho... quentes como nossos corpos unidos, feito um laço de fita, que o tempo se atreveu a desmanchar, mas eternizou-se em um passado esquecido e enterrado, como um cemitério abandonado... Que ninguém se lembra... Nem onde se encontra...
Assim ficaram estas lembranças enterradas e esquecidas... Às vezes só por mim lembradas...
Assim eu me lembro... Daquele sorrizo!
Assim eu me lembro... Daquele olhar!
Assim eu me lembro... Daquela noite sem luar!


Aparecida Machado.

2007-11-01

O Tempo (Aparecida Machado)

O Tempo.

Estava um dia, todos os sentimentos reunidos em uma casa em frente a um lago...
Quando sem querer uma disculssão entre o amor e a ilusão, fez com que a confusão esbarrasse em um dos castiçais da casa, que batendo no assoalho de madeira...
Fez com que a casa pegasse fogo de imediato...
O primeiro a se mobilizar a salvar os outros que lá estava, foi o amor...
E vagarosamente ele foi retirando um a um dos sentimentos, que aos poucos ficavam mais presos entre as chamas...
Quando ao retirar o últimos dos sentimentos, o amor não tinha mais como sair sozinho...
... E ninguém quis ir salva-lo! Ficando lá preso por entre as chamas...
Quando de repente vinha uma pequena barca, com um velho com uma enorme capa...
... E em uma das suas mãos uma lamparina... E este foi lá e colocou o amor em sua pequena barca...
Nada mais ele falou ao amor enquanto atravessavam o lago... O amor surpreendido pela ação, não teve palavras para expressar sua gratidão...
Quando já salvo... E em terra firme... O amor foi até a sabedoria perguntar quem tinha o salvado...
Quem era aquele que em sua barca me salvou?
E a sabedoria o respondeu: - Era o tempo... Porque só o tempo pode salvar um grande amor...


Aparecida Machado.

2007-10-30

Nas asas de um Corvo (Aparecida Machado)

Nas asas de um Corvo.

As grades desse calabolço, não só prendem meu corpo, como a ânsia de uma liberdade longuinqua, se difundem ao longe junto aquele bosque de afastadas árvores centenárias, que os raios do sol penetram esquentando levemente as folhas secas e a gramínea já morta pelo frio de um outono, que chegou sem pedir licença. Esfriando e umidecendo mais essas paredes de pedras cheias de musgos e lodo, onde empareda também um coração que insiste em bater...
Sempre em manhãs como esta, vejo os raios solares entrar por esta minuscula grade, iluminando um pouco mais o ambiente do que estas velas e tochas espalhadas pelos cantos de uma prisão sem nome...
Já ao anoitecer tenho um único e fiel companheiro; um corvo, que me acalenta a solidão, serenamente ele pousa sobre aquelas grades e ali, profundamente fita meus olhos, quase me pedindo ou roubando a alma... Mas o que lhe peço, com lágrimas nos olhos, quase desfalecendo, ajoelhada perante a grade, vendo brevemente a lua cheia e as estrelas como pontos de saudade em meu coração... Oh! Ave preta! Leve-me junto em suas asas negras, no ar negro da escuridão de uma noite que não finda!...
Quando os anjos da madrugada levantam suas enormes asas azuis, mostrando sutilmente a alvorada em um céu límpido e lilás, ele se despede crocitando, quase me levando à vida...
Mas ele vai e consigo leva minhas lembranças tristes e sombrias, de mentiras e ilusões, que há em uma mente encharcada, ébria em uma loucura que a noite tráz na forma de um sonho real, sem olhos fechados, mas com eles cravados nos olhos daquele que agora, voa, para algum lugar distante no meio da floresta de árvores guardiãs.
Mas deixa também a esperança dessas paredes um dia se tornarem ruínas e delas sairei, para uma vida não vivida, sentir sentimentos jamais sentidos... e ao anoitecer sonhar sonhos, que jamais ninguém os sonhou... Nem mesmo o mais belo dos anjos, vislumbrará quão grandiosa és tú... Oh! Tú... Liberdade!!!


Aparecida Machado.

Oração do pinheirinho (Ivone Boechat)

Oração do pinheirinho

Você quer enfeitar
um pinheirinho neste Natal?
Então me enfeite
onde eu estiver,
que tal ?
Plante um pinheiro na sua porta, dois, três,
deixe-os morar ali, de vez,
no lugar mais bonito, mais confortável,
sem lhes fazer nenhum mal.
O maior orgulho do pinheiro
é que o mundo inteiro
o escolheu
pra representar a
vitória do Bem.
Neste Natal deixa-me
viver,
a natureza agradece,
ela vai reconhecer ,
Nosso Senhor vai atender a minha prece.
Amém.


Ivone Boechat

2007-10-27

Negro Coração (Aparecida Machado)

Negro Coração.

O vento já soprava forte, quando ao longe ouvia-se nitidamente o trovejar... Os relâmpagos cortavam de formas esplêndidas o céu cinza de núvens escuras, acima desse imenso oceano.
Eu... Inerte... Permanecia sentada na areia, sentindo o vento e as águas salgadas do mar a tocarem, vagarosamente a ponta de meus pés, chegando também a molhar as barras desse meu longo vestido negro... Negro como meus cabelos... Negro como meus olhos... Negro como meus sentimentos lúgubres, lívidos e gélidos...
Assim continuava o fim de tarde, logo chegaria o crepúsculo e com ele a noite, tempestuosa...
Que eu presságiava ser uma noite augusta, prateada com sua névoa púrpura de luar, no seu curso misterioso, guardando no seio agonias de delíquios, soluços de desespero e gritos de paixão... Que não passaram de presságios... Apenas e vagos presságios de amores... Ah!... Esses amores... Amores esses que acabam sempre por não terem base a amizade e o respeito, e acabam dissolvendo-se em ódio e rancor. Amores esses, filhos do casamento entre o desejo e a ilusão, vivem como falenas a vida efêmera dos pais. O primeiro a morrer é o desejo; a ilusão pouco lhe sobrevive, e ante os dois cadáveres brancos e frios, amortalhados em vermelhas rosas murchas e em lírios fanados, os pobres amores arrastam-se ainda por algum tempo e por fim, expiram; para ressucitar e reviver em lembranças e na saudade...
E saudade é o que nem resta nesse coração negro... Lembranças, algumas... Vagas, como vislumbres... Nada mais existe... Além do instante em que vejo este oceano, esta tempestade... E nesse mesmo instante, sou igual a uma folha seca que o vento frio do final de um outono, começo de inverno, derruba... Quando cái... Desfalecendo... E ao chegar ao chão... Morta já esta.
Assim estava eu, inerte, jogada ao chão da praia, recebendo toda a chuva que poderia cair aquela noite... De compainha a solidão... De amor a perdição... De ódio a paixão... De frio a escuridão... Era assim que tudo sentia esse negro coração.


Aparecida Machado.

2007-10-25

Saudades de Santos (Leandro Rodrigues)

SAUDADES DE SANTOS

Em ti, sinto saudades tua.
Saudades de tuas casas baixas,
Dos corsos e carnavais de salão.
Saudades dos coqueiros, em filas sem fim...

Sinto falta dos amigos que (e)migraram,
Da poesia do comércio, do amor dos estrangeiros,
Do dramaturgo perdido na noite suja
E da fonte que corria levando a flor...

Saudades dos teus quilombos
Da tua força portuária,
Dos cobradores nos ônibus,
Da tua História de lutas.

Mas ainda temos teus jardins.
Horto, Orquidário. Olhar Caiçara.
Postos de salvação. De salvamento.
A leve esperança e o teu cheiro de mar...


Leandro Rodrigues
http://mandandobrasa.blogspot.com

2007-10-13

Amor que se foi (Flaviane Mazeti)

Amor que se foi

Óh amiga desilusão
Tu que estas sempre ao meu lado
e nunca me deixa na mão
Vá embora!
Pois não aguento mais a solidão

Traga um novo amor ao meu coração...
Pro coração que deixou de amar
Por causa de você senhorita desilusão

Você que se entrometeu no meio da minha paixão
que fez ela se afogar em minhas lagrimas de solidão
da uma chance pro meu coração!

Que espera somente uma rarazão!
A razão para o qual viver.


Flaviane Mazeti

Nell frattempo [Por enquanto] (Manccini)

Nell frattempo

Ricordo quando guadava
il tuo sono pìu legere
vorebbe nascondere il sole
quando io vedop la poggia
che cade in sui capelli
i fiori che ti coprirai
d'amore incondizzinale
com una domanda
incerta che ti fa il cielo

ho una nuvole nuova im mei bracci
che mi fa volare vicino a te
chi arriva prima nell cielo
Mentre tu viene ad mio encontro
troppo tempo che me sinto perduto
cercando a qualcosa
che me sembra a te
perche io sto annegando
nell mio proprio sofrere
e non sò ma o che facchio
com la vita che ancora c'è

ad troppo tempo che tu mi chiede
quanto tempo fa il mondo
io solo rispondo che lui
non sono pìu vecchio
che noi due
quando ci parliamo
sconfiti soli nell'aria
ma nessuna aiutami a dimenticarti
quando ci buttiamo via il tempo
e qaundo passiamo il giorni
sopra il rumote della gente povera
sei tu che porterai la
luce della stelle
ci volaremo su tutto il mondo e rire

Anche se finsce tutta la speranza
di un mondo pìu felice per noi due

nostra volontà
score fra le dita
quando ci buttiamo via la vita
che non lascia di lottare
tutti giorni insieme a noi
adesso ho bisogno di te
nell'aria ad volare
nell vento ad facchere
tutta una storia
perduta nell matino pìu fretto
il giorno arrivera
come as qualcos’altro
e troverai un cuore
pìu legere e pìu bello
ho paura di sapere
tutti i bugia dell mondo
ma quando sto com te
tutto passa ...


Manccini

---- em português ----

Nell frattempo (por enquanto)

Lembro-me de quando guardava
O teu sono mais leve
Queria esconder o sol
Quando eu vejo a chuva
Que cai em seus cabelos
As flores que te cobrirão
De amor incondicional
Com uma pergunta incerta
Que te faz o céu

Eu tenho uma nuvem nova
Em meus braços
Que me faz voar perto de você
Quem chega primeiro no céu.
Enquanto você vem ao meu encontro
Muito tempo faz que eu me sinto perdido
Procurando qualquer coisa que me
Lembre você
Porque eu estou afogando
No meu próprio sofrer
E não sei, mas o que faço.
Com a vida que ainda há

A muito tempo você me pergunta
Quanto tempo faz o mundo ?
Eu só respondo que ele
Não é mais velho
Que nós dois.
Quando nós falávamos
Besteiras sós no ar
Mas nenhuma me ajuda a te esquecer

Quando nos jogamos fora o tempo
E quando passamos os dias
Sobre as palavras dessa gente pobre
É você que levará a luz da estrela
Nós voaremos sobre todo o mundo
E rir.
Mesmo que acabe toda a esperança
De um mundo mais feliz pr nois
Dois.

Nossa vontade escorre entre os dedos
Quando nós joamos a vida
Que não deixa de lutar
Todos os dias junto a nós
Agora eu preciso de você
No ar a voar
No vento a fazer
Toda uma história
Perdida na manhã mais rápida

O dia chegará
Como a qualquer um
E acharás um coração
Mais leve e mais belo
Tenho medo de saber
Todas as mentiras do mundo
Mas quando estou contigo
Tudo passa...


Manccini

2007-10-08

A Profecia (Helder Duarte)

A Profecia

E será assim: Porque assim é, era e será. Assim diz o Deus verdadeiro, por a palavra que foi dada aos santos, profetas e apóstolos, com o nome de Bíblia Sagrada.

Esta profecia é a verdade. Por ela estar em paralelo e em sintonia com o Cânon sagrado. Mas diz ainda o Senhor, esta palavra está de acordo com a Bíblia, mas não a substitui. É mais um apelo, do Pai da eternidade, para que os céus e terra leiam e aceitem a verdade absoluta que é a palavra de Deus, cujo Espírito Santo, a confirma.

O Senhor que é antes de tudo, o que foi criado, virá sobre os elementos no tempo e eis que será para sempre e eternamente, o seu reino. Tudo será de acordo, com a sua vontade. Quer que vós homens creiais, ou não! Eu o todo poderoso, virei. Porque vós: espaço, tempo e eternidade, sois meus. E no fim do tempo, virá o Senhor. Então, haverá paz na existência, como jamais houvera. Pois só Deus é a paz. E depois de um tempo de angústia total, conforme profetizou o meu servo Daniel, virá o Senhor.

E diz agora: Eis que brevemente, um povo santo, será arrebatado ao céu e estará comigo, para todo o sempre.

Virá também o Anticristo, reinar na terra sete anos. Será um tempo de grande sofrimento, como nunca houve. Mas no fim dos sete anos, eu virei num cavalo branco. E vencerei a Besta, cujo número é 666. Depois reinarei mil anos na terra. E finalmente serei Senhor de tudo. AMEN!... AMEN!...

NO SENHOR.

HELDER DUARTE

2007-09-28

Querida estudante (Kenji Higa)

Querida estudante

Este singelo poema dedico a você;
Sim a você bela estudante;
Estudante que eu amo tanto;
Amo tanto que prefiro morrer a ficar sem ela;
Mas mesmo com tudo esse amor;
Amor tão grande , Tu me odeias ;
Odeias de um ódio profundo de dentro de seu coração;
Devido a esse ódio me pergunto;
Por que me odeias bela estudante?
Me respondas por que me deixa num mar um mar horrível um mar de solidão e desamor ?
Estudante que o mundo todo eu dei;
Estudante tão amada;
Estudante merecedora de tudo desde um simples grão de areia até as maiores jazidas de ouro;
Estudante essa que tudo que eu a dei ela recusou, não sei por que todo esse desamor;
Você não sebe como me doeria se esse poema tu recusar;
Eu morrerei;
Morrerei sim, mas não fisicamente e sim espiritualmente;
E depois dessa morte só me resta me suicidar;
Pois nada mais terá alegria eu seria apenas um nada;
Oh querida estudante.


Kenji Higa
Alkenjihiga@yahoo.com.br

2007-09-27

Procura (Ivone Boechat)

Procura

Procurei a menina ingênua,
boa, alegre, veloz,
não vi tantos vestígios dela
dentro de mim,
muito discreta,
acabou de passar.
Procurei a jovem apaixonada,
predileta, com vez e voz,
amiga do sim,
muitos nem viram passar.
Encontrei, eu mesma,
dentro de mim,
adulto maduro,
calejado,
lutando para segurar
a esperança
viva até o fim.


Ivone Boechat

2007-09-25

Teu Olhar (Ivone Boechat)

TEU OLHAR

Gosto do teu jeito
de me olhar,
perturba,
desequilibra,
põe dúvidas no ar.
O teu olhar
tem o efeito
de um grande temporal:
vibra,
balança,
derruba armadilhas
de todo não,
faz bem,
faz mal,
produz maravilhas,
faz sonhar,
tem os raios do pecado
e do perdão.


Ivone Boechat

Dormi (Helder Duarte)

DORMI

Estava cansado.
Então adormeci...
Foi um dia de enfado.
Parecia, que jamais teria fim.

Dormi, dormi...
Não sei por quanto tempo?!
Não me lembro.
Dessa noite em si...

Uma cousa sei.
Passou o enfadado dia.
A longa noite, terminei.

Assim acordei...
Ao som de uma música que ouvia.
O dia esse! n´ele jamais cansaço terei!


Helder Duarte

2007-09-24

Despedida (Apaixonada)

Despedida

Querido...

Certa de que não viria mais o sol resolvi escrever para ti.
Meu coração não cabe dentro de meu peito, mas tenho que sufocá-lo.
A cada momento que passa eu me refugio dentro de mim.
Estou trancada em minha vida e dela não posso sair.
Optei pela razão e me deixei levar pelos meus instintos não deixando meu coração falar mais alto.
Te deixei ir querendo te pedir para ficar.
Embriaguei-me em lágrimas e resolvi que tudo deveria ter um fim.
Entreguei-me ao desespero e me fiz reluzir ao som da tua voz como se já não ouvia mas.
Pensei em fugir mas de nada adiantou.
A cada passo que dava você vinha em minha mente.
Tentei me entregar a outros homens mas sua presença dilacerava a minha alma.
Estou fraca eu sei, minhas mãos tremulam o inconsiente de ter te perdido.
Minha boca já não responde aos meus sentidos meu coração está há bater descompasadamente.
Sinto que minhas forças já se vão e que não tenho mais tempo para te amar.
Com um ultimo sopro de vida a paixão aonda vejo tempo para declarar todo o meu amor por você.
Meus olhos estão ficando nebulosos a vontade de me declarar é maior.
Será que estou a partir e que não terei mais forças.
Antes de ir digo mais uma vez Te amo!
Meus olhos se fecham dou adeus a você meus grande e eterno amor.
Deixo o meu suspiro num momento em que louca levei meu coração a morte.
Tudo por causa de um amor.
Tudo por causa de você...

Até Breve


Apaixonada

Rpsa de Saron (Helder Duarte)

ROSA DE SARON

Cravos e rosas, uni-vos!
E vós tulipas e antúrios.
E vós, do campo lírios...
E nesse lugar, vós goivos!
Abraçai a Rosa de Saron,
Que mãe vossa é.
Ela vos dá todo o dom.
E a mim, também até.
Oh flores de distintas cores!
Com ela avançai, avancemos,
Sobre este jardim nosso e d´ela, trabalhemos.
Para que tenha, cores suaves
E nele, eternamente...
Gloriosos, cânticos, entoem as aves.
Então nele se sentirá...
Para todo o sempre...
Vosso perfume, que em nós permanecerá!


HELDER DUARTE

Melancolia (Silmara Bueno da Silva Antonelli)

Melancolia

Silêncio perturbador na coxia
Tic Tac Tic Tac
Tic Tac Tic Tac
Abre a cortina
Chega a hora…

Declamei com estupidez
Minha melancolia
A verdade
A agonia.

Ouvi palmas de entusiasmo
Eram melancólicos na platéia.

Representei meu próprio eu
Recebi palmas
Elogios sarcásticos
Dinheiro e fama.

Os minutos passaram
A cortina fechou-se derradeira.

Voltei para minha casa de dois cômodos
Aguardei melancolicamente as notícias
Confirmando se lá retornaria.
Para confortar meus semelhantes.

E cá estou.

É chegado o momento
Tic Tac Tic Tac
Silêncio perturbador na coxia...


Silmara Bueno da Silva Antonelli - silmaraantoneli@yahoo.com.br

Beleza é fundamental (Silmara Bueno da Silva Antonelli)

Beleza é fundamental

Esverdeada com bobes na cabeça
Pómulos afundados e nariz abrilhantado
Bruxinha mesquinha
Vara seca

Pensa ser absoluta
Pensa ser literária
Pensam que é condizente

Ah se soubesse!
Se soubessem...

É tão pouco
É quase nada
É pereba

Entenda benzinho
Jamais será como eu
Sei que sabe benzinho
Nem mesmo nas próximas vidas
Jamais será bela

Sim, sei benzinho.
É morta-viva e afinal
Beleza é fundamental.


Silmara - silmaraantoneli@yahoo.com.br

Antolhos (Paschoal Ignácio)

Antolhos

O menino vê o mundo,
Mas o mundo não vê o menino
O menino fala com o mundo,
Mas o mundo é surdo, menino!
O menino pede ao mundo,
Mas o mundo não dá ao menino.
O menino cresce...
O mundo ele não vê,
Com o mundo ele não fala,
Ao mundo ele não pede,
Do mundo ele rouba,
No mundo ele mata
E o mundo vê o homem.


Paschoal Ignácio

Humanóide (Paschoal Ignácio)

Humanóide

Erro,
Érro,
Conserto,apago,
Faço,refaço,
Deleto,
Borracha,
Desculpas,
Perdãouu,erreiii!
Erro,
Érro...


Paschoal Ignácio

Brasília (Paschoal Ignácio)

BRASÍLIA

No plano alto, mais alto
Mais alta escala do poder,
Mais alta renda,
Mais alta arquitetura moderna,
Mais alto padrão,
Mais alto índice,
Mais alta indignação,

Mais alto sonho...

Do alto,
Bem do alto,do alto do avião,
Criador contempla a criação,
Brasília,
De planos outros,
Do plano piloto,
Da gente pilotando o avião.


Paschoal Ignácio

O enterro da Escola (Ivone Boechat)

O enterro da Escola

É muito interessante lembrar a história antiga de uma Escola que estava prestes a ir à falência, e os pais, professores e alunos se reuniam nas esquinas, nos bares, nas praças, em qualquer lugar, para apontarem os culpados. Cada qual gritava mais alto que o culpado só podia ser o “fulano”. Conversa vai, conversa vem e a situação só piorava. O tempo passava e nada de solução. A Escola estava nas últimas.

O diretor resolveu marcar o dia do enterro da instituição. Todos se assustaram, porém, ficaram curiosos para ver a cara do defunto. No dia e hora marcados, lá estava a comunidade em peso para a solenidade do velório. No meio de um grande auditório, colocaram um enorme caixão preto aberto e o diretor organizou a fila dos presentes para o último adeus ao finado.

Silêncio! Muitas flores e muita expectativa. À medida que foi dada a ordem para olharem dentro do caixão, a decepção foi geral. O corpo do defunto estava coberto de flores, mas no lugar do rosto, havia simplesmente um espelho. Cada um que se mirava no espelho tomava um susto e saía pensativo.

A idéia serviu de lição, porque, em pouquíssimo tempo, a Escola "ressuscitou" e ninguém nunca mais se esqueceu de que a responsabilidade pelo sucesso de uma instituição pertence a cada um.


Ivone Boechat

A arte de viver (Ivone Boechat)

A arte de viver

Viver é se aproximar e, ao mesmo tempo, livrar-se de si mesmo, das angústias e egoísmos.

Viver é um dom magnífico. É participar desta misteriosa e matemática sincronização do universo. É o mortal desfrutando de suas experiências materiais numa concessão espiritual. É o material transcendendo-se através de sua participação na história, nas marcas deixadas no caminho, no resplandecer de gerações que se sucedem.

Viver é mobilizar e envolver para afastar comportamentos que empobrecem a participação na vida. É buscar valores e refazer idéias que desbotam a aventura de sobreviver, em meio aos disparates humanos na conquista do impossível.

Viver é proporcionar vida. É reabastecer-se no manancial da fé com todas as possibilidades de cada dia. É investir minutos e minutos, colorindo de esperança as horas. É aprender com as manhãs a iluminar obstáculos, não se importando com a escuridão da noite. "Basta a cada dia o seu mal".

Viver lutando, incessantemente, para desarmar os veículos que levam à violência. Fazer do comportamento aquele elo que une as pessoas umas às outras para formar a grande corrente de otimismo. A força nascerá e há de acontecer o milagre para o qual o homem foi criado: viver no paraíso.

Viver com alegria e, na certeza de ser útil, como fiel mordomo do seu próprio corpo, oferecendo-o em holocausto para a felicidade daqueles que compõem este painel de realidades.

Viver é, sobretudo, preservar. É educar-se para viver em harmonia com o tempo e o espaço, coordenando fantasias e verdades para o equilíbrio e a razão.

Viver no firme propósito de melhorar todo dia: no grupo de amigos, na família, no trabalho. Dispostos a assumir o compromisso de colocar um mosaico na construção da paz, para viver experiências de melhores dias.


Ivone Boechat

Prece (Ivone Boechat)

PRECE

Sê como as flores que se levantam de madrugada para enfeitar e alimentar a vida.
Sê como as estrelas que se revezam no Universo, bordando de luz o avesso do céu.
Sê como as andorinhas que se juntam na grandiosa caravana da paz.
Sê como o Sol, cumprindo plantão diário, iluminando e aquecendo a Terra.
Sê como os rios que brotam no mistério e cantam sobre as pedras que encontram no caminho.
Sê como o vento: impetuoso e terno. Abrindo portas, derrubando muros, abastecendo as ondas do mar, levando o perfume das flores.
Sê como a lágrima que se propõe a limpar a dor.
Sê como o sorriso da criança: ingênuo, espontâneo, puro.
Sê como as mãos que se estendem, antecipando-se ao pedido de perdão.
Sê como os pés do profeta, feridos na batalha de chegar primeiro com a bandeira da paz.
Sê como o amigo que nunca espera a perfeição do próximo.
Sê como a morte que surpreende a vida, arrebatando a alma à luz da eternidade.


Ivone Boechat

Natal (Ivone Boechat)

NATAL!

Nossos corpos enfeitam-se com a beleza da gratidão e as luzes da fé para compor o presépio de Natal na gruta da oração: Jesus Nasceu!

Há, por toda parte, notas musicais na pauta de cada gesto. A grandiosa orquestra do amor afina os acordes na harpa dos séculos. É Natal!

Na simbiose definitiva do perdão e da prece, lágrimas se derramam no cálice da esperança. Nós, ovelhas do campo de Belém, apascentamos a doce alegria da promessa cumprida.

A noiva celestial levanta sua grinalda de estrelas e contempla a eternidade no berço humildade da estrebaria. Em meio aos rumores do mistério, a vida se define e se justifica no calor dos braços de Maria, Mãe do Amor!

Natal de árvores brilhantes e rostos apagados na sobrevivência do abandono. Natal do encontro de pessoas desencontradas na distância. Natal da criança feliz, abrindo fitas na festa da ilusão de cada dia. Natal do menino que chora, que pede e se despede nas ruas da amargura. Natal dos manjares, da toalha de linho, das velas coloridas na anemia da vaidade. Natal de Jesus Cristo, diariamente, no calor do abraço amigo, da mão estendida, do olhar carinhoso, do teto e da porta aberta.

Natal da fé! Natal da Igreja de Cristo, pronta, forte, confiante, guerreira. Natal da caridade que se esforça e vai às favelas, distribui esperança, planta a justiça, semeia o Evangelho, acende a luz das Boas Novas. Natal de felicidade na certeza do olhar de cada rosto.

Natal sempre, de janeiro a dezembro, sem dia pré-estabelecido no coração dos homens de má vontade. Natal no propósito, no desejo de servir ao próximo aflito, distante na frieza do egoísmo. Natal do perdão, sem barreiras, sem bandeiras, protocolos, normas, constituições. Natal de ações.

Natal de agora, na ternura, no altar, suplicando, de joelhos, que Cristo continue iluminando corações, multiplicando a capacidade de amar, de servir, de ir, ou de ficar de olhos fixos na Sua palavra, na Sua promessa de arrebatamento no juízo final.

Feliz Natal!


Ivone Boechat

Feliz Natal ! (Ivone Boechat)

FELIZ NATAL !

Nesse Natal, se você tem um vizinho pobre, mas muito pobre mesmo, não vá atravessar a cerca do individualismo que os separou até agora nem correr o risco de se atropelar nos espinhos do egoísmo, não! Do lado de cá mesmo, ofereça-lhe algum momento de ternura, ajudando-o a amenizar as carências do seu Ano Velho. Dê-lhe pão e, se você esquecer-se de dizer-lhe Feliz Natal, ele não vai notar, porque a felicidade da mesa farta o fará lembrar-se de Jesus Cristo.

Nesse Natal, se você não teve tempo de mandar um cartão de Boas Festas para seus pais velhinhos, não faz mal. Ajoelhe-se, peça perdão a Deus pela péssima conduta de filho e proponha uma ajuda efetiva, de mais conforto, mais atenção e mais presença, junto de sua família.

Nesse Natal, se ainda se lembra de alguém sozinho que um dia você abandonou: seu filho, seu irmão, seu amigo, seu namorado, não chore de arrependimento, somente. Vá a pé, de ônibus, de carro, de avião ou pegue o telefone e diga-lhe, com o maior carinho: Você é muito importante para mim. No ANO NOVO vou me renovar, estaremos sempre juntos, Feliz Natal!

Nesse Natal, se você entregar-se aos prazeres da carne e perder-se na embriaguês de vinhos, da mentira, de ilusões, não se desespere, Jesus Cristo não precisa de festas para você lembrar-se Dele. Levante a cabeça, aprenda a lição e tenha a capacidade de abrir os cadeados enferrujados do coração.

Nesse Natal, ilumine-se de compreensão, resplandeça de alegria, enfeite a vida de perdão. Acenda a lâmpada do seu melhor propósito, dê o braço amigo aos que o cercam e não tenha medo de sorrir. Afinal de contas, tudo na vida perece, você passa e outros natais virão, porém a estrada reta ou tortuosa vai em frente e nenhum momento repete-se exatamente igual: FELIZ NATAL!


Ivone Boechat

O poder do Natal (Ivone Boechat)

O poder do Natal

Há um perfume de cipreste no ar,
um colorido em cada veste,
uma esperança em cada olhar,
na sinfonia celeste do prazer!
O Natal abre presentes e passados,
aperta abraços,
convence a humanidade
de que o amor existe!
É o poder do Natal que ressoa,
renovando tudo,
prometendo a todos
a paz que não se esgotou,
fica escondida
na árvore de sua vida
e você por distração
ainda não encontrou.


Ivone Boechat
http://geocities.yahoo.com.br/i_boechat/

Traição (Ivone Boechat)

Traição

Hoje,
que as memórias se esvaem,
e os amigos fogem de mim,
só tenho minhas poesias
como amigas
confidentes,
mesmo assim,
impertinentes,
sem rima e vazias
não inspiram a menor confiança:
elas também me traem.


Ivone Boechat
http://geocities.yahoo.com.br/i_boechat/

2007-09-17

Era uma vez... Espaço (Ivone Boechat)

Era uma vez... Espaço

Era uma vez um menino muito grande e bonito chamado Espaço.

O tempo foi passando, mas Espaço não cresceu; diminuiu. Começou a conviver, sem querer, com sua amiga Sobrevivência e, de repente, as pessoas se amontoaram e quase o sufocaram.

De uma coisa vocês não sabiam, Espaço está chocado, porque o inimigo Poluição invadiu o território, tomou conta dos seus ares e foi um fracasso. Espaço está contaminado.

Noutro dia mesmo, Espaço já ia brigando com seu melhor amigo, Segurança. Em todos os lugares em que ele se mexia, surgia Medo, parceiro de Insegurança, para o perturbar. Espaço teve que se armar. Mas será que resolveu o problema? Ele está apavorado com tantos inimigos...

Paz, irmã de espaço, que agora mora longe, telefonou para a prima Natureza e pediu ajuda. Afinal de contas, os passarinhos, as árvores, o perfume das flores, o seresteiro, o tocador de realejo, o poeta, as crianças, estão reclamando de espaço, todo dia, com razão. Eles querem se instalar, definitivamente. Estão sendo jogados de um lado para o outro.

Espaço desculpou-se com Natureza e disse que o culpado não é só ele. As essoas vivem correndo atrás de Sobrevivência e se esquecem de que existe oportunidade em outros lugares.

Agora, a solução está entregue a Dr.ª Gente, capaz de estudar com calma os prós e contras da reclamação de Espaço. O corre-corre, os enfartes, o empurra-empurra dentro do caldeirão cultural, a neurose de tempo, as angústias de ter, serão solucionados, porque estas são a sua especialidade. Se isto não acontecer, muito em breve, Espaço vai ficar vazio, as pessoas se desintegrarão nos braços da inimiga Morte. Seria muito triste. Espaço gostaria de crescer, abrigar a todos que o procurassem, para que sua irmã, Paz, não fosse morar tão longe.

Ivone Boechat

http://geocities.yahoo.com.br/i_boechat/

2007-09-13

O que é mais belo? (Ivone Boechat)

O QUE É MAIS BELO?

Você quer saber
o que é mais belo?
O amanhecer da vida,
ser criança
ou a maturidade do adulto,
pôr-do-sol?

Durante o dia, brilho,
calor da luta, correr...
à tarde, o sol se pondo,
sem cruzar os braços,
reduzindo o brilho,
para a vida reacender!

O que dá mais prazer?
o esplendor da madrugada
ou a esperança,
sol da maturidade,
reacendendo em cada idade,
a alegria de viver?


Ivone Boechat

Mulher (Ivone Boechat)

Mulher

Um aroma suave
exalou das mãos do Criador,
quando seus olhos contemplaram
a solidão do homem no Jardim!
Foi assim:
o Senhor desenhou
o ser gracioso, meigo e forte,
que Sua imaginação perfeita produziu.
Um novo milagre:
fez-se carne,
fez-se bela,
fez-se amor,
fez-se na verdade como Ele quer!
O homem colheu a flor,
beijou-a, com ternura,
chamando-a, simplesmemte,
chaman Mulher!


Ivone Boechat

Traição (Ivone Boechat)

Traição

Hoje,
que as memórias se esvaem,
e os amigos fogem de mim,
só tenho minhas poesias
como amigas
confidentes,
mesmo assim,
impertinentes,
sem rima e vazias
não inspiram a menor confiança:
elas também me traem.


Ivone Boechat

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