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2007-11-29

Prece de Ano Novo (Ivone Boechat)

Prece de ano novo

Senhor,
resplandece o fulgor do
ANO NOVO.
Expectativas, mistério, perguntas,
ansiedades,
fazem da festa um mundo
de curiosidades.
Há, por toda parte, calendários,
previsões orçamentárias, planos de vida,
mas só tu sabes, Senhor, o que há de vir.
Neste instante de novidades e de abraços,
nesta hora de promessas e possibilidades,
dá que eu sinta o Teu poder e a Tua paz,
abrindo clarões no escuro da incerteza.

Senhor,
que nem mesmo a iminência da morte,
da despedida,
quando a dúvida rondar minha morada,
possam abalar-me a fé.
Que eu tenha vigor, paciência, perseverança,
pra recriar nas lições do desencontro,
e que eu sinta vontade de seguir em frente,
sempre que as circunstâncias me detiverem.

Senhor,
transporta meu pensamento
para os enlevos da vida,
fazendo-me contemplar
as visões de um novo mundo.
Renova minhas forças,
unge meu caminho,
abençoa o desdobrar
da página de cada dia.
Neste Ano Novo, Senhor,
habilita-me
para ser digna de entender
as missões da Tua obra,
iluminando-me cada passo.
Nas dores, que eu O encontre,
nas orações.


Ivone Boechat

A Rosa dos anjos [para Rosangela de Fátima] (Remisson Luz)

A Rosa dos anjos (para Rosangela de Fátima)

Ó bela Flor, purpúrea, serena,
De sutil formosura, eflúvio de rosas...
Desvelada Flor, sublime, amena,
Mescla escarlate das veias ardorosas.

Ó infinita Flor, plácida, aérea,
Rubra Flor dos meus anseios...
Visão indelével, magicamente etérea,
Lampejo de cor dos devaneios...

Ó Ros'angelical, rósea Flor mirim,
Fulgente glória dos meus sonhos,
Cobre-me com pétalas carmim!

Ó majestosa Flor, pujante e sincera,
Sê real! Dissipa a névoa do medonho,
Ó inefável Flor de Quimera...


Remisson Luz

2007-11-28

Lamento (Cida Mota)

LAMENTO

Cida Mota

A lógica dos teus métodos
E dos teus atos
Inibe e atormenta o meu ser

A insensatez de tuas palavras
E dos teus passos
Entristece e fere minha alma

Em cada olhar furtivo
A certeza (que angustia)
Da luta inglória
Em te querer..

Tão puros eram teus olhos!
E tão amargos os vejo então..
Impiedoso se torna o tempo
Tornando ocaso o que era amor..

Simbolismo (Cida Mota)

Simbolismo

Cida Mota

O amor, a morte, o pranto,
Nos versos do universo poético,
Simbolizam o êxtase, a dor, o desencanto.
O poeta é êxtase, é dor, é desencanto,
Quando a mente, o coração e a alma,
Se inspiram no amor, na morte e no pranto.

Lembranças (Cida Mota)

LEMBRANÇAS

Cida Mota

Há tanto tempo, numa velha casa de assoalho,
Num sítio pequeno e bem cuidado,
De pastos verdes e águas claras,
De cerrado florido e árvores frondosas,
Lá, onde existia, o mais amarelo dos ipês.

A luz da noite era a lamparina,
As histórias, de assombração,
Era um tempo de sonhos,
De crenças e imaginação,
Lá, onde a natureza brincava.

Éramos seis naquela velha casa de assoalho,
Lá, onde a lua, era a mais linda do lugar,
Lá, onde existia encanto e prazer,
Lá, onde a felicidade fez morada,
Lá, onde existia, o mais amarelo dos ipês.

2007-11-22

Te amo (Joanna Torquato)

Te amo

Essa tristeza que sinto no peito
As vezes acho que não tem jeito
Tentar dar valor no que é amar
Acha que é se humilhar
Tentar não discutir
Acha que é se iludir
Fazer de tudo pra não destruir esse amor
Acha que é mal de amor
Amo e quero me sentir amada
Caso contrario etou enganada
Quero uma chance de ser feliz
Com alguém que sempre sonhei e quiz
Por que tem que ser assim
Não conseguir ser feliz
Amo e amo muito, fazer o que
Se o homem que amo não quer corresponder
Esse amor
Que causa tanta dor


Joanna Torquato

Dor de amor (Joanna Torquato)

Dor de amor

Sozinha, sozinha estou
Não tenho um amor
Que me ame
Que não me engane
Um grande amor nasce
Parece pra eternidade
Sonhos, planos
Tudo engano
Palavras de carinho trocadas
Já não são mais entoadas
Só tristeza
Que envade minha alma
Uma dor tão intensa
Enorme dor imensa
Não para
Não sara
A solução pra essa dor
É um pouco de amor
Amor que se tornou dor
Dor de amor
Dor da alma
Não para
Não sara


Joanna Torquato

2007-11-21

Só... Imaginei! (Aparecida Machado)

Só... Imaginei!

Imaginei só... Como seria,
Como feitiço, como alquimia,
Se ao meu lado você estaria.

Imaginei só... De noite adentro,
A névoa púrpura, se confundia, se perderia,
Entre o meu eu e a sua magia.

Imaginei só... A lua no centro,
Na cama a seda, e seu complemento,
Seu corpo reluzia, transparecia, a forma simples do sentimento,
Se a paixão, me queimaria, me consumia, assim só... imaginei!

Se realmente você estaria, no puro amor se perderia,
Aos meus sentimentos se renderia, confessaria, de tudo faria,
A uma noite de pura paixão. Só... Assim... Imaginei! Confinada a ti e a solidão,
Perdida no tempo, nas longas asas dessa ilusão. Só... Assim... Imaginei!


Aparecida Machado.
merlinmorganalefay@hotmail.com

2007-11-20

Por que Natal? (Ivone Boechat)

Por que Natal ?

Os “herodes” modernos não conseguem entender os sinais das estrelas e continuam abandonando milhões de crianças pobres pelas ruas deste Brasil-Belém. Corações-hospedarias estão superlotados de ganância, ódio, egoísmo. Não há lugar para Jesus!

“Há rumores por toda parte...Onde está o Messias ?”Os reis e poderosos da Terra ainda fazem a mesma pergunta que fizeram na noite mais linda da humanidade: Onde está Jesus? E a história conta que Jesus Cristo dormia, terno e sereno, nas barbas do poder, mas Herodes não O encontrou. Estava cego. Os poderosos continuam cegos. A simplicidade do Rei do Universo os confundiu.

Jesus Cristo está entre nós, simples, objetivo e real. Seu discurso já foi traduzido para nações e povos, todavia, ainda “há rumores por toda parte...”Os tratados de guerra se efetivam e as pessoas se destroem, porque o vírus do poder venceu a barreira de milhões de séculos e chegou até nós.

As estrelas falam para aqueles que se preparam para ouvi-las. Os Reis Magos continuam sua caminhada histórica na direção do Mestre, porque na verdade, eles nos representam nessa visita. O presépio de Belém está aceso, porque ele é eterno, apenas mudou-se de Belém para os nossos corações.

Esteja preparado para que o Natal seja uma oportunidade de profunda reflexão sobre o momento atual.

Feliz Natal!


Ivone Boechat

2007-11-19

Imaginei (Simone Papa)

Imaginei

Durante a madrugada,
Quando a lua invadiu meu quarto,
Imaginei você chegando,
Devagarinho me abraçando!

Quando amanheceu,
E o sol, a manhã despertou,
Imaginei você,
Sua voz dizendo: Bom dia!
Tudo se iluminou...

Agora, durante o meu dia,
Em tudo estará presente.
Pois já me abraçou,
Cumprimentou...
Me trouxe alegria.

Estou radiante!


Simone Papa

Acabou (Joanna Torquato)

Acabou

Lagrimas rolam em meu rosto
Saudade, amor ou desgosto?
Não consigo controlar
elas teimam em rolar
Tantas coisas a pensar
Que para mim nem carinho dá
Converçar quê?
Nem pensar
Não consigo entender
Como foi se esconder
Aquele sentimento tão lindo
Que paracia infinito
Amor, amar
Como fui acreditar
Que seria para sempre
E se acabou tão derrepente
Hoje não sei o que sobrou
Mas tenho certeza que esse amor
Que em palavras e gestos demonstrava
Hoje sei que me enganara


Joanna Torquato

2007-11-17

O Silêncio da Solidão! (Aparecida Machado)

O Silêncio da Solidão!

Olha só! O Silêncio da Solidão!...

Ela traz o compadecimento de uma perdida paixão...
Ela traz o acalento de uma verdadeira ilusão...
Ela traz o sombrio ébrio de uma mente vaga, sem brio e sem razão...
Ela é a verdadeira companheira do tempo, da noite e da escuridão...
Ela vem nas longas asas de um anjo negro, de nome lembranças, de uma vaga impressão...
Ela é um coração dividido, mas sem nenhum amor e sem nenhuma paixão...
Ela embriaga as noites de beijos e afagos frios como o vento da madrugada, de pensamentos sem emoção...
Ela é o tempo que perde nas alturas da noite e nas profundezas da escuridão...
Ela é o anjo negro de longas asas que aparece no vislumbre de uma ilusão, misturado a uma antiga paixão...
Escuta!...
Olha Só!...
É o Silêncio da Solidão!...


Aparecida Machado.

2007-11-13

A Partida (Joanna Torquato)

A partida

Você partiu
Simplesmente se despediu
Deixando essa dor que invade
Meu peito que quase explode
De tanta saudade
Saudade dos tempos que juntos passamos
De momentos que nos amamos
De tanta cumplicidade
Em nossa intimidade
Fidelidade e confiança
Planos e esperanças
Éramos dois em um só
Em noites de lua e dias de sol
Você partiu
Simplesmente se despediu
Deixando para trás
Não querendo mais
Aqueles momentos de tanta paz
Que junto passávamos
E com intensidade amávamos


Joanna Torquato

6-Sofrimento (Nadja V. Teixeira)

Data: 27/08/07

6-Sofrimento

Lagrimas cainhem por minha face
Não consigo busca o motivo para o sofrimento
Só dessa vez posso afirma que não choro por ti
Mas sim por um dia ter sido tola o bastante
Para acredita em suas doces palavras
Mas não se preocupe comigo. Pos hoje irei embora
Caminharei com paços largos ate o fim
E quem sabe um dia poderei volta,
E ai sim enxuga minhas lagrimas


Alto (a): Nadja v. Teixeira

2007-11-11

Não te quero, mas (Nadja V. Teixeira)

Não te quero, mas.

Um dia o amor me fez sofre, mas hoje.
Quero olha em teus olhas e deser-te
Que não te quero, mas.
Já cheguei a dar-te tudo que de bom em mim avia.
E você não deu valo para o que possuía.
Agora conheço-li bem,
Sei a tua capacidade de ser inútil e desprezível
Conheço seu verdadeiro eu.
E farei o possível para desprezar-te ao estremo,
Ate chega o ponto de não senti sua insignificante
Presença ao meu lado.


Nadja V. Teixeira

2007-11-06

A revolução das flores (Ivone Boechat)

A revolução das flores

Num vale florido, o perfume envolvia as abelhas que trabalhavam, com muito entusiasmo, compondo um belo cenário com borboletas e beija-flores felizes.

Corria por ali a notícia que homens armados contra a Natureza estavam chegando.

Ali, nesse paraíso, as flores estavam tristes e foram procurar as árvores mais velhas. Convocaram a espada-de-sãojorge, comigo-ninguém-pode, os espinhos da coroa-de-cristo e partiram determinadas.

Debaixo de uma frondosa árvore, pediram um conselho: o que fazer para convencer ao homem que gosta de destruir a vida, para que se arrependa e comece a reconstruir e a preservar... Aquela senhora árvore centenária, indignada, desabafou:

- A nossa expectativa de vida pode chegar a centenas de anos de vida útil, sem esclerose, osteoporose, lordose... que tanto afligem os humanos. O maior perigo é a serra elétrica, o machado, o fogo.

A rosa concordou e acrescentou:

- O maior perigo de todos é o homem sem educação.

Então as flores deram-se as mãos e decidiram propor que todo homem destruidor e vil fosse educado, desde menino, para plantar o amor-perfeito em volta das casas, das escolas, das empresas, das igrejas, porque quanto mais cedo a criança aprender a amar o planeta Terra, maior é a chance de começar a prevenir e a preservar a Natureza.

Aí, animação geral! Veio o copo-de-leite e se ofereceu, sem contaminação, puro e fresquinho para ajudar a oxigenar os vales. Boca-de-lobo prometeu mais ação, ao invés de criticar por criticar. Hortência preferiu plantar-se melhor para não ficar por aí, sem se cuidar, desbotada e feia. A dama-da-noite, tão sumida, ultimamente, disse que a noite é uma criança e quer voltar a perfumar o espaço dela.

A noite foi chegando e as flores se recolheram com a promessa de juntar-se aos homens não só nas horas tristes e dolorosas. Elas querem voltar com todo o esplendor e formosura, espalhando graça e perfume para receberem com o cálice transbordante de néctar os beija-flores.


Ivone Boechat

2007-11-05

A Noite (Aparecida Machado)

A Noite.

Está é a noite!... Cheia de mistérios... Cheia de surpresas... Profunda como as horas que se perdem pela névoa do silêncio, onde a solidão deixa seus resquiços de um passado, enterrado por longuinquas terras sem um verdadeiro nome...
A noite trás a lua, quando esta aparece augusta, por entre esta mesma névoa e por entre núvens cinzas de saudade de um tempo imortalizado nos pontos brilhantes, que o céu noturno revelam aos olhos nas formas de estrelas.
A noite atrai seus maravilhosos animais, misteriosos, perigosos, ferozes, de voracidade inconfundivel e indefinivel, como seus adoradores, que vagueiam pela embriagues do cheiro de sua brisa gelada, que aumenta se transformando em um vento parecido com o mistral...
Tocados pelo ósculo de folhas úmidas de orvalho... Simplesmente natural, como a criação do universo e tão antigo como ele...
Assim ficam os arcanjos noturnos em companhia dos anjos da madrugada, que tecem no tear da noite o crepúsculo já perdido por uma alvorada, onde rapidamente os raios solares tomam conta do mesmo céu, que há pouco era espaço de uma noite fria... Misteriosa... Surpreendente e profunda...


Aparecida Machado.

2007-11-02

Noite sem Luar (Aparecida Machado)

Noite sem Luar.

A brisa já anunciava a chegada da noite, quando ainda em minhas lembranças se propagava o som do seu sorrizo e em minha mente ficava o brilho de seus lindos olhos... Negros... Como aquela noite sem luar.
Agora ao escutar os pingos de chuva a molhar o solo e o vento frio que convida a tristes recordações, sinto falta daquelas noites, que não chovia, mas também o frio convidava a taças quentes de vinho... quentes como nossos corpos unidos, feito um laço de fita, que o tempo se atreveu a desmanchar, mas eternizou-se em um passado esquecido e enterrado, como um cemitério abandonado... Que ninguém se lembra... Nem onde se encontra...
Assim ficaram estas lembranças enterradas e esquecidas... Às vezes só por mim lembradas...
Assim eu me lembro... Daquele sorrizo!
Assim eu me lembro... Daquele olhar!
Assim eu me lembro... Daquela noite sem luar!


Aparecida Machado.

2007-11-01

O Tempo (Aparecida Machado)

O Tempo.

Estava um dia, todos os sentimentos reunidos em uma casa em frente a um lago...
Quando sem querer uma disculssão entre o amor e a ilusão, fez com que a confusão esbarrasse em um dos castiçais da casa, que batendo no assoalho de madeira...
Fez com que a casa pegasse fogo de imediato...
O primeiro a se mobilizar a salvar os outros que lá estava, foi o amor...
E vagarosamente ele foi retirando um a um dos sentimentos, que aos poucos ficavam mais presos entre as chamas...
Quando ao retirar o últimos dos sentimentos, o amor não tinha mais como sair sozinho...
... E ninguém quis ir salva-lo! Ficando lá preso por entre as chamas...
Quando de repente vinha uma pequena barca, com um velho com uma enorme capa...
... E em uma das suas mãos uma lamparina... E este foi lá e colocou o amor em sua pequena barca...
Nada mais ele falou ao amor enquanto atravessavam o lago... O amor surpreendido pela ação, não teve palavras para expressar sua gratidão...
Quando já salvo... E em terra firme... O amor foi até a sabedoria perguntar quem tinha o salvado...
Quem era aquele que em sua barca me salvou?
E a sabedoria o respondeu: - Era o tempo... Porque só o tempo pode salvar um grande amor...


Aparecida Machado.

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