BONS TEMPOS
Se vejo um florista na praça,
anelo mandar-lhe um buquê.
Se durmo, quem sempre me abraça
nos sonhos que tenho é você.
Se então ligo o meu toca-fitas,
a dor logo vem me assolar
ao som das canções tão bonitas
daqueles bons tempos sem-par!
Penoso é levar adiante
o fardo da vida comum,
pois como hei de tê-la distante
se agora nós dois somos um?
Não posso esquecê-la um segundo;
ninguém tem seu jeito, o seu charme.
Fiquei tão perdido no mundo,
e não há mais meio de achar-me!
Recordo a mão branca e pequena
no aceno cruel da partida.
Você foi embora, que pena!
depois de alterar minha vida.
Mas saiba, meu bem, não consigo
achar outra igual a você.
O amor que hoje eu guardo comigo
é seu, e pra sempre há de ser!
Glicério Montes
Itaperuna-RJ, 17 de junho de 1987
2007-04-16
Bons Tempos (Glicério Montes)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Publique gratuitamente seus textos nesse site! Saiba mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário