Vamos Ler - Leitura e publicação gratuita de poesias
Veja também: Explorando e Aprendendo | RapiDicas | Sou Balada

2007-09-28

Querida estudante (Kenji Higa)

Querida estudante

Este singelo poema dedico a você;
Sim a você bela estudante;
Estudante que eu amo tanto;
Amo tanto que prefiro morrer a ficar sem ela;
Mas mesmo com tudo esse amor;
Amor tão grande , Tu me odeias ;
Odeias de um ódio profundo de dentro de seu coração;
Devido a esse ódio me pergunto;
Por que me odeias bela estudante?
Me respondas por que me deixa num mar um mar horrível um mar de solidão e desamor ?
Estudante que o mundo todo eu dei;
Estudante tão amada;
Estudante merecedora de tudo desde um simples grão de areia até as maiores jazidas de ouro;
Estudante essa que tudo que eu a dei ela recusou, não sei por que todo esse desamor;
Você não sebe como me doeria se esse poema tu recusar;
Eu morrerei;
Morrerei sim, mas não fisicamente e sim espiritualmente;
E depois dessa morte só me resta me suicidar;
Pois nada mais terá alegria eu seria apenas um nada;
Oh querida estudante.


Kenji Higa
Alkenjihiga@yahoo.com.br

2007-09-27

Procura (Ivone Boechat)

Procura

Procurei a menina ingênua,
boa, alegre, veloz,
não vi tantos vestígios dela
dentro de mim,
muito discreta,
acabou de passar.
Procurei a jovem apaixonada,
predileta, com vez e voz,
amiga do sim,
muitos nem viram passar.
Encontrei, eu mesma,
dentro de mim,
adulto maduro,
calejado,
lutando para segurar
a esperança
viva até o fim.


Ivone Boechat

2007-09-25

Teu Olhar (Ivone Boechat)

TEU OLHAR

Gosto do teu jeito
de me olhar,
perturba,
desequilibra,
põe dúvidas no ar.
O teu olhar
tem o efeito
de um grande temporal:
vibra,
balança,
derruba armadilhas
de todo não,
faz bem,
faz mal,
produz maravilhas,
faz sonhar,
tem os raios do pecado
e do perdão.


Ivone Boechat

Dormi (Helder Duarte)

DORMI

Estava cansado.
Então adormeci...
Foi um dia de enfado.
Parecia, que jamais teria fim.

Dormi, dormi...
Não sei por quanto tempo?!
Não me lembro.
Dessa noite em si...

Uma cousa sei.
Passou o enfadado dia.
A longa noite, terminei.

Assim acordei...
Ao som de uma música que ouvia.
O dia esse! n´ele jamais cansaço terei!


Helder Duarte

2007-09-24

Despedida (Apaixonada)

Despedida

Querido...

Certa de que não viria mais o sol resolvi escrever para ti.
Meu coração não cabe dentro de meu peito, mas tenho que sufocá-lo.
A cada momento que passa eu me refugio dentro de mim.
Estou trancada em minha vida e dela não posso sair.
Optei pela razão e me deixei levar pelos meus instintos não deixando meu coração falar mais alto.
Te deixei ir querendo te pedir para ficar.
Embriaguei-me em lágrimas e resolvi que tudo deveria ter um fim.
Entreguei-me ao desespero e me fiz reluzir ao som da tua voz como se já não ouvia mas.
Pensei em fugir mas de nada adiantou.
A cada passo que dava você vinha em minha mente.
Tentei me entregar a outros homens mas sua presença dilacerava a minha alma.
Estou fraca eu sei, minhas mãos tremulam o inconsiente de ter te perdido.
Minha boca já não responde aos meus sentidos meu coração está há bater descompasadamente.
Sinto que minhas forças já se vão e que não tenho mais tempo para te amar.
Com um ultimo sopro de vida a paixão aonda vejo tempo para declarar todo o meu amor por você.
Meus olhos estão ficando nebulosos a vontade de me declarar é maior.
Será que estou a partir e que não terei mais forças.
Antes de ir digo mais uma vez Te amo!
Meus olhos se fecham dou adeus a você meus grande e eterno amor.
Deixo o meu suspiro num momento em que louca levei meu coração a morte.
Tudo por causa de um amor.
Tudo por causa de você...

Até Breve


Apaixonada

Rpsa de Saron (Helder Duarte)

ROSA DE SARON

Cravos e rosas, uni-vos!
E vós tulipas e antúrios.
E vós, do campo lírios...
E nesse lugar, vós goivos!
Abraçai a Rosa de Saron,
Que mãe vossa é.
Ela vos dá todo o dom.
E a mim, também até.
Oh flores de distintas cores!
Com ela avançai, avancemos,
Sobre este jardim nosso e d´ela, trabalhemos.
Para que tenha, cores suaves
E nele, eternamente...
Gloriosos, cânticos, entoem as aves.
Então nele se sentirá...
Para todo o sempre...
Vosso perfume, que em nós permanecerá!


HELDER DUARTE

Melancolia (Silmara Bueno da Silva Antonelli)

Melancolia

Silêncio perturbador na coxia
Tic Tac Tic Tac
Tic Tac Tic Tac
Abre a cortina
Chega a hora…

Declamei com estupidez
Minha melancolia
A verdade
A agonia.

Ouvi palmas de entusiasmo
Eram melancólicos na platéia.

Representei meu próprio eu
Recebi palmas
Elogios sarcásticos
Dinheiro e fama.

Os minutos passaram
A cortina fechou-se derradeira.

Voltei para minha casa de dois cômodos
Aguardei melancolicamente as notícias
Confirmando se lá retornaria.
Para confortar meus semelhantes.

E cá estou.

É chegado o momento
Tic Tac Tic Tac
Silêncio perturbador na coxia...


Silmara Bueno da Silva Antonelli - silmaraantoneli@yahoo.com.br

Beleza é fundamental (Silmara Bueno da Silva Antonelli)

Beleza é fundamental

Esverdeada com bobes na cabeça
Pómulos afundados e nariz abrilhantado
Bruxinha mesquinha
Vara seca

Pensa ser absoluta
Pensa ser literária
Pensam que é condizente

Ah se soubesse!
Se soubessem...

É tão pouco
É quase nada
É pereba

Entenda benzinho
Jamais será como eu
Sei que sabe benzinho
Nem mesmo nas próximas vidas
Jamais será bela

Sim, sei benzinho.
É morta-viva e afinal
Beleza é fundamental.


Silmara - silmaraantoneli@yahoo.com.br

Antolhos (Paschoal Ignácio)

Antolhos

O menino vê o mundo,
Mas o mundo não vê o menino
O menino fala com o mundo,
Mas o mundo é surdo, menino!
O menino pede ao mundo,
Mas o mundo não dá ao menino.
O menino cresce...
O mundo ele não vê,
Com o mundo ele não fala,
Ao mundo ele não pede,
Do mundo ele rouba,
No mundo ele mata
E o mundo vê o homem.


Paschoal Ignácio

Humanóide (Paschoal Ignácio)

Humanóide

Erro,
Érro,
Conserto,apago,
Faço,refaço,
Deleto,
Borracha,
Desculpas,
Perdãouu,erreiii!
Erro,
Érro...


Paschoal Ignácio

Brasília (Paschoal Ignácio)

BRASÍLIA

No plano alto, mais alto
Mais alta escala do poder,
Mais alta renda,
Mais alta arquitetura moderna,
Mais alto padrão,
Mais alto índice,
Mais alta indignação,

Mais alto sonho...

Do alto,
Bem do alto,do alto do avião,
Criador contempla a criação,
Brasília,
De planos outros,
Do plano piloto,
Da gente pilotando o avião.


Paschoal Ignácio

O enterro da Escola (Ivone Boechat)

O enterro da Escola

É muito interessante lembrar a história antiga de uma Escola que estava prestes a ir à falência, e os pais, professores e alunos se reuniam nas esquinas, nos bares, nas praças, em qualquer lugar, para apontarem os culpados. Cada qual gritava mais alto que o culpado só podia ser o “fulano”. Conversa vai, conversa vem e a situação só piorava. O tempo passava e nada de solução. A Escola estava nas últimas.

O diretor resolveu marcar o dia do enterro da instituição. Todos se assustaram, porém, ficaram curiosos para ver a cara do defunto. No dia e hora marcados, lá estava a comunidade em peso para a solenidade do velório. No meio de um grande auditório, colocaram um enorme caixão preto aberto e o diretor organizou a fila dos presentes para o último adeus ao finado.

Silêncio! Muitas flores e muita expectativa. À medida que foi dada a ordem para olharem dentro do caixão, a decepção foi geral. O corpo do defunto estava coberto de flores, mas no lugar do rosto, havia simplesmente um espelho. Cada um que se mirava no espelho tomava um susto e saía pensativo.

A idéia serviu de lição, porque, em pouquíssimo tempo, a Escola "ressuscitou" e ninguém nunca mais se esqueceu de que a responsabilidade pelo sucesso de uma instituição pertence a cada um.


Ivone Boechat

A arte de viver (Ivone Boechat)

A arte de viver

Viver é se aproximar e, ao mesmo tempo, livrar-se de si mesmo, das angústias e egoísmos.

Viver é um dom magnífico. É participar desta misteriosa e matemática sincronização do universo. É o mortal desfrutando de suas experiências materiais numa concessão espiritual. É o material transcendendo-se através de sua participação na história, nas marcas deixadas no caminho, no resplandecer de gerações que se sucedem.

Viver é mobilizar e envolver para afastar comportamentos que empobrecem a participação na vida. É buscar valores e refazer idéias que desbotam a aventura de sobreviver, em meio aos disparates humanos na conquista do impossível.

Viver é proporcionar vida. É reabastecer-se no manancial da fé com todas as possibilidades de cada dia. É investir minutos e minutos, colorindo de esperança as horas. É aprender com as manhãs a iluminar obstáculos, não se importando com a escuridão da noite. "Basta a cada dia o seu mal".

Viver lutando, incessantemente, para desarmar os veículos que levam à violência. Fazer do comportamento aquele elo que une as pessoas umas às outras para formar a grande corrente de otimismo. A força nascerá e há de acontecer o milagre para o qual o homem foi criado: viver no paraíso.

Viver com alegria e, na certeza de ser útil, como fiel mordomo do seu próprio corpo, oferecendo-o em holocausto para a felicidade daqueles que compõem este painel de realidades.

Viver é, sobretudo, preservar. É educar-se para viver em harmonia com o tempo e o espaço, coordenando fantasias e verdades para o equilíbrio e a razão.

Viver no firme propósito de melhorar todo dia: no grupo de amigos, na família, no trabalho. Dispostos a assumir o compromisso de colocar um mosaico na construção da paz, para viver experiências de melhores dias.


Ivone Boechat

Prece (Ivone Boechat)

PRECE

Sê como as flores que se levantam de madrugada para enfeitar e alimentar a vida.
Sê como as estrelas que se revezam no Universo, bordando de luz o avesso do céu.
Sê como as andorinhas que se juntam na grandiosa caravana da paz.
Sê como o Sol, cumprindo plantão diário, iluminando e aquecendo a Terra.
Sê como os rios que brotam no mistério e cantam sobre as pedras que encontram no caminho.
Sê como o vento: impetuoso e terno. Abrindo portas, derrubando muros, abastecendo as ondas do mar, levando o perfume das flores.
Sê como a lágrima que se propõe a limpar a dor.
Sê como o sorriso da criança: ingênuo, espontâneo, puro.
Sê como as mãos que se estendem, antecipando-se ao pedido de perdão.
Sê como os pés do profeta, feridos na batalha de chegar primeiro com a bandeira da paz.
Sê como o amigo que nunca espera a perfeição do próximo.
Sê como a morte que surpreende a vida, arrebatando a alma à luz da eternidade.


Ivone Boechat

Natal (Ivone Boechat)

NATAL!

Nossos corpos enfeitam-se com a beleza da gratidão e as luzes da fé para compor o presépio de Natal na gruta da oração: Jesus Nasceu!

Há, por toda parte, notas musicais na pauta de cada gesto. A grandiosa orquestra do amor afina os acordes na harpa dos séculos. É Natal!

Na simbiose definitiva do perdão e da prece, lágrimas se derramam no cálice da esperança. Nós, ovelhas do campo de Belém, apascentamos a doce alegria da promessa cumprida.

A noiva celestial levanta sua grinalda de estrelas e contempla a eternidade no berço humildade da estrebaria. Em meio aos rumores do mistério, a vida se define e se justifica no calor dos braços de Maria, Mãe do Amor!

Natal de árvores brilhantes e rostos apagados na sobrevivência do abandono. Natal do encontro de pessoas desencontradas na distância. Natal da criança feliz, abrindo fitas na festa da ilusão de cada dia. Natal do menino que chora, que pede e se despede nas ruas da amargura. Natal dos manjares, da toalha de linho, das velas coloridas na anemia da vaidade. Natal de Jesus Cristo, diariamente, no calor do abraço amigo, da mão estendida, do olhar carinhoso, do teto e da porta aberta.

Natal da fé! Natal da Igreja de Cristo, pronta, forte, confiante, guerreira. Natal da caridade que se esforça e vai às favelas, distribui esperança, planta a justiça, semeia o Evangelho, acende a luz das Boas Novas. Natal de felicidade na certeza do olhar de cada rosto.

Natal sempre, de janeiro a dezembro, sem dia pré-estabelecido no coração dos homens de má vontade. Natal no propósito, no desejo de servir ao próximo aflito, distante na frieza do egoísmo. Natal do perdão, sem barreiras, sem bandeiras, protocolos, normas, constituições. Natal de ações.

Natal de agora, na ternura, no altar, suplicando, de joelhos, que Cristo continue iluminando corações, multiplicando a capacidade de amar, de servir, de ir, ou de ficar de olhos fixos na Sua palavra, na Sua promessa de arrebatamento no juízo final.

Feliz Natal!


Ivone Boechat

Feliz Natal ! (Ivone Boechat)

FELIZ NATAL !

Nesse Natal, se você tem um vizinho pobre, mas muito pobre mesmo, não vá atravessar a cerca do individualismo que os separou até agora nem correr o risco de se atropelar nos espinhos do egoísmo, não! Do lado de cá mesmo, ofereça-lhe algum momento de ternura, ajudando-o a amenizar as carências do seu Ano Velho. Dê-lhe pão e, se você esquecer-se de dizer-lhe Feliz Natal, ele não vai notar, porque a felicidade da mesa farta o fará lembrar-se de Jesus Cristo.

Nesse Natal, se você não teve tempo de mandar um cartão de Boas Festas para seus pais velhinhos, não faz mal. Ajoelhe-se, peça perdão a Deus pela péssima conduta de filho e proponha uma ajuda efetiva, de mais conforto, mais atenção e mais presença, junto de sua família.

Nesse Natal, se ainda se lembra de alguém sozinho que um dia você abandonou: seu filho, seu irmão, seu amigo, seu namorado, não chore de arrependimento, somente. Vá a pé, de ônibus, de carro, de avião ou pegue o telefone e diga-lhe, com o maior carinho: Você é muito importante para mim. No ANO NOVO vou me renovar, estaremos sempre juntos, Feliz Natal!

Nesse Natal, se você entregar-se aos prazeres da carne e perder-se na embriaguês de vinhos, da mentira, de ilusões, não se desespere, Jesus Cristo não precisa de festas para você lembrar-se Dele. Levante a cabeça, aprenda a lição e tenha a capacidade de abrir os cadeados enferrujados do coração.

Nesse Natal, ilumine-se de compreensão, resplandeça de alegria, enfeite a vida de perdão. Acenda a lâmpada do seu melhor propósito, dê o braço amigo aos que o cercam e não tenha medo de sorrir. Afinal de contas, tudo na vida perece, você passa e outros natais virão, porém a estrada reta ou tortuosa vai em frente e nenhum momento repete-se exatamente igual: FELIZ NATAL!


Ivone Boechat

O poder do Natal (Ivone Boechat)

O poder do Natal

Há um perfume de cipreste no ar,
um colorido em cada veste,
uma esperança em cada olhar,
na sinfonia celeste do prazer!
O Natal abre presentes e passados,
aperta abraços,
convence a humanidade
de que o amor existe!
É o poder do Natal que ressoa,
renovando tudo,
prometendo a todos
a paz que não se esgotou,
fica escondida
na árvore de sua vida
e você por distração
ainda não encontrou.


Ivone Boechat
http://geocities.yahoo.com.br/i_boechat/

Traição (Ivone Boechat)

Traição

Hoje,
que as memórias se esvaem,
e os amigos fogem de mim,
só tenho minhas poesias
como amigas
confidentes,
mesmo assim,
impertinentes,
sem rima e vazias
não inspiram a menor confiança:
elas também me traem.


Ivone Boechat
http://geocities.yahoo.com.br/i_boechat/

2007-09-17

Era uma vez... Espaço (Ivone Boechat)

Era uma vez... Espaço

Era uma vez um menino muito grande e bonito chamado Espaço.

O tempo foi passando, mas Espaço não cresceu; diminuiu. Começou a conviver, sem querer, com sua amiga Sobrevivência e, de repente, as pessoas se amontoaram e quase o sufocaram.

De uma coisa vocês não sabiam, Espaço está chocado, porque o inimigo Poluição invadiu o território, tomou conta dos seus ares e foi um fracasso. Espaço está contaminado.

Noutro dia mesmo, Espaço já ia brigando com seu melhor amigo, Segurança. Em todos os lugares em que ele se mexia, surgia Medo, parceiro de Insegurança, para o perturbar. Espaço teve que se armar. Mas será que resolveu o problema? Ele está apavorado com tantos inimigos...

Paz, irmã de espaço, que agora mora longe, telefonou para a prima Natureza e pediu ajuda. Afinal de contas, os passarinhos, as árvores, o perfume das flores, o seresteiro, o tocador de realejo, o poeta, as crianças, estão reclamando de espaço, todo dia, com razão. Eles querem se instalar, definitivamente. Estão sendo jogados de um lado para o outro.

Espaço desculpou-se com Natureza e disse que o culpado não é só ele. As essoas vivem correndo atrás de Sobrevivência e se esquecem de que existe oportunidade em outros lugares.

Agora, a solução está entregue a Dr.ª Gente, capaz de estudar com calma os prós e contras da reclamação de Espaço. O corre-corre, os enfartes, o empurra-empurra dentro do caldeirão cultural, a neurose de tempo, as angústias de ter, serão solucionados, porque estas são a sua especialidade. Se isto não acontecer, muito em breve, Espaço vai ficar vazio, as pessoas se desintegrarão nos braços da inimiga Morte. Seria muito triste. Espaço gostaria de crescer, abrigar a todos que o procurassem, para que sua irmã, Paz, não fosse morar tão longe.

Ivone Boechat

http://geocities.yahoo.com.br/i_boechat/

2007-09-13

O que é mais belo? (Ivone Boechat)

O QUE É MAIS BELO?

Você quer saber
o que é mais belo?
O amanhecer da vida,
ser criança
ou a maturidade do adulto,
pôr-do-sol?

Durante o dia, brilho,
calor da luta, correr...
à tarde, o sol se pondo,
sem cruzar os braços,
reduzindo o brilho,
para a vida reacender!

O que dá mais prazer?
o esplendor da madrugada
ou a esperança,
sol da maturidade,
reacendendo em cada idade,
a alegria de viver?


Ivone Boechat

Mulher (Ivone Boechat)

Mulher

Um aroma suave
exalou das mãos do Criador,
quando seus olhos contemplaram
a solidão do homem no Jardim!
Foi assim:
o Senhor desenhou
o ser gracioso, meigo e forte,
que Sua imaginação perfeita produziu.
Um novo milagre:
fez-se carne,
fez-se bela,
fez-se amor,
fez-se na verdade como Ele quer!
O homem colheu a flor,
beijou-a, com ternura,
chamando-a, simplesmemte,
chaman Mulher!


Ivone Boechat

Traição (Ivone Boechat)

Traição

Hoje,
que as memórias se esvaem,
e os amigos fogem de mim,
só tenho minhas poesias
como amigas
confidentes,
mesmo assim,
impertinentes,
sem rima e vazias
não inspiram a menor confiança:
elas também me traem.


Ivone Boechat

2007-09-12

Priscila Andreza de Souza

Às vezes eu depilo as pernas, as vezes não.
Às vezes eu penteio os cabelos, as vezes não.
Dependendo como o vento sopra, eu posso pintar as unhas dos pés.
Só depende mesmo do que eu acho bom para a minha alma.
Quando eu olho no espelho, a única ali sou eu.
Cada saliência do meu rosto está onde deve estar.
Eu sei que o Criador não cometeu erros em mim.
Meus pés, minhas coxas, meus lábios, meus olhos.
Eu amo o que eu vejo.
Não sou uma dama se não uso salto alto?
Minha mãe disse que uma dama não é o que ela usa
e sim o que ela veste.
Mas eu tirei uma conclusão: é tudo uma ilusão.
Confusão é o nome do jogo.
Um erro, uma vasta decepção.
Algo deve mudar.
Não se ofenda, é o que eu penso.
Nada do que eu digo é lei.
É uma verdadeira confição de uma lição aprendida na vida.
Eu fui enviada para dividir com vocês.
Então entre onde você se encaixa e brilhe.
Libere sua mente, agora é o tempo.
Ponha o seu sal no lugar.
Vá e se ame.
Porque tudo vai ficar bem.
Fique com seus drinques legais e suas peles caras.
Eu não preciso deles para me divertir.
Fique com seu carro caro e seu caviar.
Eu só preciso dos meus livros.
Fique com seu estilo e sua pistola.
Eu prefiro dançar.
Não preciso de silicone, prefiro meus peitos.
Os que Deus me deu são bons.
Não sou a garota normal da sua revista.
E não tenho o corpo de uma supermodelo.
Mas eu aprendi a me amar incondicionalmente.
Porque sou uma princesa.
Não sou a garota normal da sua revista.
Meu valor não é o mesmo do preço das minhas roupas.
Independente do que eu visto eu sempre serei Priscila Andreza de Souza.

2007-09-09

Ver soltos para a musa presa (Nelson de Medeiros)

VERSOS SOLTOS PARA A MUSA PRESA

Foi nesta praia numa tarde amena,
cheia de encantos e reais belezas,
que esvoaçante qual gentil falena,
a mim chegastes prenhe de certezas...

O mar trazia deslumbrantes cantos,
que ressoavam acolhedoras liras;
eram teus versos de sutis encantos
saudades só, que ao triste bardo inspiras!

O vento fresco balançava as flores,
que indiferentes perfumavam os ares,
as ondas vinham nos lembrar amores,
acalentando os sonhos milenares!

Foi um minuto uma existência inteira,
que eternizou uma paixão infinda;
e esta magia da impressão primeira,
inda acalenta esta saudade linda!

E eu te vi como te vi na origem,
por entre estrelas habitando o céu.
Eras do Olimpo a mais perfeita virgem,
que eu perdido procurava ao léu!

É nesta praia nesta tarde amena,
que esta saudade qual gentil falena,
traz-me teus versos evolando flores!
E dentre elas diz a rosa em segredo:
-Vem, poeta, me colher deste degredo
e enfeitar o jardim de nossas dores!


Nelson de Medeiros

2007-09-08

Limpeza e troca de layout no Vamos Ler!

Por um visual mais limpo e ao mesmo tempo, uma renovação radical na interface, está no ar agora o Vamos Ler + com um novo layout!



Simples, prático, direto, sem firulas. Esperamos que vocês gostem!

Aos poucos algumas coisas ainda serão ajustadas, mas deverá manter este estilo. E em breve começaremos a atribuir marcadores para cada autor, facilitando a exibição numa só página de todos os textos de determinado autor.

Sucessos para todos!

Acordar para te ver (Paulo Batuta)

Acordar para te ver

Talvez diga-me: é cedo demais.
Mas eu te digo – tudo isso é por você.
Madrugada começa as 6 ou 7 horas?
Para alguns isso é só o começo...

Mas para mim é o que eu ofereço.
O sol nasce bem cedinho...
E faz o seu caminho até o meio do céu...
Espero vê-lo nascendo todos os dias...

E podendo te ver é o que eu preciso
Desde o nascer da manhã apareço
Com aparência de felicidade
Embora a distancia do céu seja grande

Viajo e vôo para cima olhando
O amor que me tens aí em baixo
De seu lado fico e ficarei sempre
É assim que saberás que eu a amo.


Paulo Batuta

Eu ser o melhor de voce em mim... (corina Cutugno)

Eu ser o melhor de voce em mim...

Eu fico olhando o escuro do mar...
Este leva os meus pensamentos para próximo de ti...
Tão próximo que eu posso sentir o seu cheiro e seu tempero...
As batidas do meu coração aceleram rapidamente

Percebo os seus olhos me olhando...
Daquela forma que me deixa tonta...
Com vontade de você, fecho os meus olhos...
Deliciando-me dessa forma os seus beijos...

Não adianta eu ser sua e você ser meu...
Meu amor, minha dor, meu desejo, meu calor...
Deixa eu te envolver nos meus braços e desta forma...
Vou deliciar-me do seu ser dentro de mim...

Jorra a sua essência do em mim...
Para que eu possa com o tempo...
Transformar-me mais em você...
E você ser mais em mim...


corina Cutugno

2007-09-02

Lapidação (Helder Duarte)

LAPIDAÇÃO

Uma coisa sei!
Entre as que não aprendi.
Pois neste existir ou real!Quase nada, compreendi.
No entanto, a um certo conhecimento, cheguei.

E por esse facto, ao ter tal conhecimento,
P´la lógica e por o humano, pensamento...
Sou mal julgado e mal interpretado.
Até mesmo, condenado...

O que eu sei é muito, sobre o tema «Sofrer».
Neste meu tanto, padecer...
Por isso, estou a teu lado,

Quando, todos t´atirarem,
Pedras, para de morte te matarem.
Eu, não ficarei a ver no largo.

Mas o que poder fazer, farei...
Para que seja, eu por ti lapidado.
E assim, por ti minha vida darei!!!


Helder Duarte

2007-09-01

Água Sobrevivência (Josiane)

Água Sobrevivência

A água se constitui
Elemento vital para o ecossistema
É básica para o desenvolvimento
Das diversas atividades humanas

Infelizmente tem se tornado
Escassa tanto em qualidade
Quanto em quantidade
Atenção cuidem da água

Se nada for feito
Para mudar a consciência do homem
Sobre esse patrimônio natural
Seríssimos problemas pertubarão
Existência humana na face da terra.

Agua precisamos de você!


Josiane

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