Confissão
Amei-te quando chovia,
Quando aqueci e quando tremia,
Amei-te quando pude e tanto quanto não queria.
Amei-te no fim do serão,
No descanso do Inverno,
E no frio do meu chão.
Amei-te na Primavera.
Amei-te quando fugi, quando subi a serra,
Amei-te quando me perdi e regressei á Terra.
Amei-te no meu delírio:
Na suor da minha febre,
No auge da fraqueza que anseio por que quebre.
Amei-te no pior momento.
Que foi tão curto que nem me lembro…
Amei-te naquele mar e no seco do deserto,
Que me fez trocar o sul ao norte
E que deu azar á minha sorte.
Amei-te em compassos de mágica:
Na felicidade e na força da minha ira,
Na morte e na dor que faz eu fazer-me um corte,
Na alegria que faz, eu fazer magia.
Amei-te ontem, hoje e amanhã.
Amei-te confusa e na lucidez,
Amei-te porque quis e amo-te outra vez...
Marine Antunes
2007-07-20
Confissão (Marine Antunes)
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